Governos liderados por mulheres são exemplo de combate à pandemia
Respostas dos países ao coronavírus têm sido variadas. As melhores, no entanto, têm uma coisa em comum: são de nações chefiadas por mulheres
atualizado
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A crise do coronavírus tem sido enfrentada por cada país do mundo de maneira diferente. Alguns com mais sucesso que outros. Os melhores nesta batalha, no entanto, tem uma coisa em comum: são chefiados por mulheres. O jornal italiano Corriere, inclusive, os batizou de Os Sete Magníficos: Islândia, Finlândia, Noruega, Dinamarca, Nova Zelândia, Alemanha e Taiwan.
No primeiro caso, por exemplo, a Islândia, sob a liderança da jovem primeira-ministra Katrín Jakobsdóttir, optou por oferecer testes gratuitos para todos os cidadãos, com ou sem sintomas. De acordo com dados mais recentes da Universidade Johns Hopkins, o país registra 1,7 mil casos e apenas 8 mortes. Por lá, o governo instituiu um sistema completo de rastreamento de casos, evitando o isolamento completo.
O alto número de testes foi uma das medidas semelhantes adotadas pela Nova Zelândia, liderada por Jacinda Ardern. Ainda que o país seja pequeno e tenha apenas 5 milhões de habitantes, os testes em massa e a rápida decisão de fechar fronteiras e ordenar o isolamento no início da pandemia contribuiu para que apenas 9 mortes fossem registradas.
A rapidez para tomar decisões também foi um dos motivos de sucesso da presidente de Taiwan Tsai Ing-wen. No dia 31 de dezembro, no mesmo dia em que soube do surgimento de um vírus em Wuhan, na China, ela determinou que todos os passageiros retornando da cidade deveriam ser investigados. Apesar da proximidade com o epicentro do vírus, 4 meses depois, Taiwan contabiliza apenas 395 casos e 6 mortes.
Na Finlândia, Sanna Marin, de apenas 34 anos, usou os poderes das redes sociais para conscientizar a população, que registra apenas 3,3 mil casos e 72 mortes.
O governo da chanceler Angela Merkel também se destacou. O país foi atingido duramente pelo vírus, mas o vasto número de testes, os milhares de leitos de UTI e uma equipe preparada fizeram com o que a Alemanha tenha uma taxa de mortalidade baixa, cerca de 1,6%, em comparação aos países próximos. Na Itália, por exemplo, é de 12%.
A primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, teve a ideia inovadora de usar a televisão para conversar diretamente com as crianças. Ela realizou uma conferência em que nenhum adulto era permitido. Erna respondeu às perguntas dos pequenos de todo o país, falou sobre a doença e sobre sentir medo.
Bélgica
É claro que ser simplesmente governado por mulheres não é um fator determinante para se obter sucesso na luta contra o coronavírus. A Bélgica, por exemplo, é um dos países mais atingidos, com cerca de 4,8 mil mortes e 34,8 mil casos, apesar de ter Sophie Wilmes à frente da luta anti-coronavírus.