Governo de Israel promete expandir assentamentos na Cisjordânia
Primeiro-ministro nomeado ao poder pela terceira vez em Israel defendeu o assentamento em partes de territórios palestinos
atualizado
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Após ser nomeado primeiro-ministro de Israel no quinto pleito legislativo realizado em pouco mais de três anos no país, Benjamin Netanyahu prometeu que a ocupação e a instalação de assentamentos na Cisjordânia ocupada é a prioridade de seu governo.
Um dias antes de ser empossado no cargo, o político de extrema-direita divulgou uma lista com diretrizes políticas de seu partido, o Likud. No topo, a principal meta do novo governo diz respeito à instalação de novos assentamentos na região da Cisjordânia ocupada.
“O povo judeu tem direito exclusivo e inalienável a todas as partes da Terra de Israel. O governo promoverá e desenvolverá o assentamento de todas as partes da Terra de Israel – na Galiléia, Negev, Golã, Judéi e Samaria”, dizia a primeira cláusula da diretriz política do novo governo sobre partes do território da Cisjordânia ocupada, onde cerca de 2,5 milhões de palestinos vivem.
Netanyahu, o primeiro-ministro que mais liderou Israel – entre 1996 a 1999 e de 2009 a 2021 – vai para o seu terceiro mandato. Em junho do ano passado, acabou deixando o posto em meio a escândalos de corrupção em seu governo.
A expectativa é de que o novo primeiro-ministro seja empossado nesta quinta-feira (27/12), em um governo de coalizão formado por partidos ultraortodoxos envolvidos com o movimento pró-colonos Sionismo Religioso, o que deve influenciar diretamente na política em relação à questão da Palestina.