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Governo da Catalunha terá dificuldades para realizar plebiscito

O governo da Catalunha decidiu seguir adiante com o plebiscito, embora o Tribunal Constitucional da Espanha tenha suspendido a votação

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EMILIO MORENATTI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Eleições na Catalunha
1 de 1 Eleições na Catalunha - Foto: EMILIO MORENATTI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O governo da Catalunha está enfrentando dificuldades para distribuir urnas e cédulas aos locais de votação para o plebiscito sobre a independência da região. A polícia da Catalunha já confiscou 10 milhões de cédulas e, neste sábado, estava bloqueando a entrada de várias escolas para impedir que elas sejam usados como locais de votação. A polícia deu prazo até as 6h de domingo para que pais, alunos e ativistas que estão ocupando escolas e querem o plebiscito deixem os locais. A votação está prevista para começar às 9h.

Enric Millo, a maior autoridade do governo espanhol na região, disse que serão toleradas votações informais nas ruas da Catalunha, já que elas não são consideradas válidas. “Eles podem colocar uma mesa improvisada na rua, com alguns baldes, e colocar papeis neles”, disse Millo. Ele observou, porém, que “o que as autoridades catalãs prometeram, um plebiscito efetivo com base legal, é algo que não vai acontecer”.

Segundo ele, a infraestrutura de tecnologia para a votação e a contagem dos votos foi desmantelada, tornando o plebiscito “absolutamente impossível”. Millo disse que agentes da Guarda Civil com mandado judicial fizeram uma busca na sede da CTTI, o centro regional catalão responsável por tecnologia e comunicações, e desabilitaram software desenvolvido para conectar mais de 2.300 locais de votação e compartilhar resultados.

O governo da Catalunha decidiu seguir adiante com o plebiscito, embora o Tribunal Constitucional da Espanha tenha suspendido a votação.

Neste sábado (30*9), milhares de pessoas se reuniram na praça Cibeles, no centro de Madri, para protestar contra a realização do plebiscito. Elas gritavam “Viva Espanha” e “Puigdemont na cadeia”, referindo-se ao presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, que é abertamente favorável à separação. Fonte: Associated Press.

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