Governo brasileiro envia barracas para desabrigados no Haiti
As estruturas serão usadas por famílias que ficaram desabrigadas depois que o furacão Matthew, de categoria 4, assolou o país caribenho
atualizado
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De acordo com assessoria do ministério, as barracas que serão entregues por dois agentes da Defesa Civil Nacional são de fácil manejo e montagem, têm piso e cobertura de PVC e estrutura tubular de alumínio. As estruturas serão usadas por famílias que ficaram desabrigadas depois que o fenômeno, de categoria 4, assolou o país caribenho no último dia 4. Com ventos de 235 quilômetros por hora, o furacão devassou diversas regiões do Caribe e do Sudeste dos Estados Unidos. No Haiti, segundo números da Organização das Nações Unidas (ONU), 1,4 milhão de pessoas foram afetadas no país.
O material reforça a ação integrada que tem sido coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores envolvendo outras pastas do governo. A expectativa é que novas ações de apoio, como envio de kits humanitários e medicamentos, sejam definidas em uma reunião marcada para a próxima semana.
De acordo com o cronograma da FAB, a próxima remessa deve seguir para o Haiti no voo marcado para o dia 22 ou 23 de outubro.
Médicos sem fronteiras
Quase 20 profissionais ligados à organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão chegando ao Haiti para reforçar o trabalho de atendimento às vítimas do Furacão Matthew. Atualmente uma equipe de 26 pessoas da organização atua no local. No grupo de reforço estão quatro brasileiras – uma enfermeira, uma médica, uma administradora e uma promotora de saúde que fica responsável pelo contato com a comunidade avisando dos serviços disponíveis para sobreviventes – que devem ser distribuídas, até amanhã (13), entre as cidades de Les Cayes e Jérémie. O trabalho deve durar, pelo menos, um mês.
O MSF no Brasil não recebeu informações atualizadas sobre a situação no país. De acordo com os últimos contatos com as equipes que estão em campo na península de Tiburón e nas províncias de Artibonite e Nord-Ouest, a população está sem acesso à água potável e o problema de surto de cólera que já tinha sido identificado no local pode se agravar.
Na cidade de Jérémie, onde o hospital de referência foi atingido, ficando sem água e eletricidade, há grande concentração de sobreviventes.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), há registro de cerca de 28 mil casos desde o início do ano e mais de 240 mortes. Nos últimos dias, a Organização das Nações Unidas (ONU), que já tinha alocado US$ 5 milhões para assistência aos afetados no Fundo Central de Resposta de Emergência, fez um apelo para que a comunidade internacional de doadores reúna cerca de US$ 120 milhões para a resposta humanitária.