Governo brasileiro condena ataque ao consulado iraniano na Síria
O ataque em Damasco, capital da Síria, deixou 11 mortos, oito iranianos, dois sírios e um libanês nessa segunda-feira (1º/4)
atualizado
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O Ministério das Relações Exteriores condenou, nesta quarta-feira (3/4), o ataque aéreo contra o consulado do Irã em Damasco, capital da Síria, na última segunda-feira (1º/4). A ação militar foi atribuída a Israel, que não confirmou nem negou a autoria. O comunicado do Itamaraty não menciona Israel.
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou que o ataque não “ficará sem resposta”. “Dia após dia, assistimos ao reforço da frente de resistência e à repulsa e ao ódio das nações livres contra a natureza ilegítima” de Israel “e esse crime covarde não ficará sem resposta”, pontuou.
A ação militar destruiu o prédio e causou a morte de Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Guarda Revolucionária iraniana. Além disso, outras 10 pessoas morreram, sendo sete iranianos, dois sírios e um libanês.
O Itamaraty reiterou a importância do respeito à soberania e à integridade territorial dos países e do princípio da inviolabilidade das representações diplomáticas e consulares.
“O governo brasileiro lembra, ademais, que o respeito à soberania e à integridade territorial dos países é princípio basilar da Carta das Nações Unidas e exorta todas as partes envolvidas a exercerem o máximo de contenção”, informou o Ministério das Relações Exteriores em nota.
O governo brasileiro expressou preocupação com o possível aumento da hostilidade no Oriente Médio.
Ataque na Síria
O embaixador do Irã na Síria, Hossein Akbari, destacou que o consulado foi atingido por seis mísseis disparados de caças F-35, do governo de Israel.
O Irã, em comunicado ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), disse que tem direito de revidar o ataque de Israel e pediu ação emergencial do Conselho de Segurança.