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Governo boliviano nega atentado e diz que Evo atirou contra policiais

Ministro do interior, Eduardo del Castillo disse que comitiva de Evo Morales não reduziu velocidade do carro e sacou armas

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1 de 1 Imagem colorida, Evos Moraes - Metrópoles - Foto: Reprodução/Facebook Evo Morales

O governo da Bolívia declarou nesta segunda-feira (28/10) que o ex-presidente Evo Morales forjou o ataque que afirma ter sofrido no último domingo (27/10). Morales apresentou fotos de um veículo com marcas de tiros e um vídeo em que seu motorista parece estar ensanguentado.

De acordo com o ministro do interior da Bolívia, Eduardo del Castillo, a comitiva na qual ele estava atirou contra uma patrulha.

“Senhor Morales, ninguém acredita no teatro que você armou, mas você terá que responder perante a Justiça boliviana pelo crime de tentativa de assassinato”, disse o ministro de Governo, em entrevista coletiva.

Segundo del Castillo, a unidade antidrogas Força Especial de Luta contra o Narcotráfico (FELCN) realizava uma patrulha rodoviária na região de Chapare, quando deu ordem de parada a um dos veículos da caravana de Morales. Um dos veículos atropelou e feriu um dos policiais.

“Em vez de reduzir a velocidade, aumentaram e sacaram armas de fogo”, disse o ministro.

De acordo com o governo, o carro estava com suspeita de transportar drogas e, posteriormente, o ex-presidente teria ordenado que os veículos fossem queimados para destruírem qualquer tipo de prova após o confronto.

“Se ele realmente tivesse sido vítima de uma tentativa de assassinato, seria de seu interesse deixá-los intactos”, indagou del Castillo.

Moraes nega operação

O ex-presidente usou a rede social X para relatar a versão que diz ter presenciado e alegou que os disparos foram dos policiais. “Temos informações verídicas de que nas últimas 48 horas não foi realizada nenhuma operação antidrogas”, afirmou Morales no X.

O líder também questionou os disparos efetuados pelos policiais, já que se tratava de uma operação antidrogas. “Se fosse o caso, por que é que sua equipe de elite militar e policial disparou mais de 18 vezes contra os veículos onde eu viajava para a Rádio Kawsachun Coca?”, perguntou Morales.

“O silêncio do governo é porque querem encobrir com mentiras e esconder a sua tentativa de acabar com a minha vida. Repetimos, se Luis Arce não deu a ordem, deverá demitir imediatamente e processar Eduardo del Castillo e Edmundo Novillo”, completou o ex-presidente.

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