Governador de Nova York renuncia após escândalo de assédio sexual
Andrew Cuomo é acusado por 11 mulheres de assédio sexual e condutas impróprias. Ele estava no cargo desde 2010
atualizado
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Um dos políticos mais influentes do Partido Democrata americano, o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, de 63 anos, renunciou ao cargo após sérias acusações de assédio sexual.
Nesta terça-feira (10/8), Andrew comunicou que vai deixar o comando do estado, de acordo com a imprensa dos Estados Unidos. Ele será substituído pela vice-governadora, Kathy Hochul. A transição deve durar 14 dias.
Andrew é acusado de assédio sexual e conduta imprópria por 11 mulheres pelo escritório da procuradora-geral do estado, Letitia James.
Em 2010, Andrew foi eleito para o primeiro mandato como governador do estado de Nova York e foi reeleito duas vezes.
O escândalo
A denúncia contra o governador foi resultado de uma investigação que corre há meses e que contou com entrevistas de 179 pessoas. O inquérito teve início após duas assessoras acusarem Andrew de fazer comentários inapropriados e contatos físicos não consensuais.
Em uma ocasião, o governador teria apalpado uma mulher que trabalhava em sua mansão, além de ter feito comentários sugestivos.
Além disso, diversas testemunhas afirmaram que o ambiente de trabalho era abusivo e intimidador. Uma das funcionárias, que alega ter sido assediada por anos, chegou a ter a ficha pessoal divulgada. A denúncia dela foi confirmada por testemunhas.
O governador é investigado por diversos outros crimes, como a preferência que o governador deu à própria família durante a testagem da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e o pagamento de US$ 5 milhões que recebeu em adiantamento por um livro sobre sua liderança durante a pandemia.
Andrew é um advogado, escritor e político. Ele seguiu a mesma carreira do pai, Mario Cuomo, que foi governador de Nova York também por três mandatos.