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González assumirá presidência da Venezuela em janeiro, diz oposição

Declaração sobre Edmundo González foi feita por María Corina Machado, em tom de pressão ao presidente Nicolás Maduro

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Imagem colorida mostra o novo presidente da Venezuela, Edmundo González - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o novo presidente da Venezuela, Edmundo González - Metrópoles - Foto: Alfredo Lasry R/Getty Images

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, disse, nessa segunda-feira (12/8), que o candidato Edmundo González assumirá como novo presidente do país em 10 de janeiro.

A fala dela ocorre em tom de pressão ao presidente Nicolás Maduro, em meio a um impasse após a eleição presidencial do país, no último dia 28 de julho.

“González será o novo chefe de Estado e novo comandante das Forças Armadas venezuelanas, e isso dependerá do que todos nós fizermos, os venezuelanos dentro e fora do país”, disse Corina Machado em entrevista a um canal de televisão.

Ela reforçou que a posse do oposicionista “depende que essa força, organização convicção e compromisso que empregamos nos últimos meses e que teve vitória contundente se mantenha forte e crescendo. E por isso sei que em 10 de janeiro teremos um novo presidente”.

O dia 10 de janeiro marca a posse do presidente eleito, mas a perspectiva para essa cerimônia está incerta no momento, após ambos os lados reivindicarem a vitória no pleito.

Eleições contestadas

De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), alinhado a Maduro, o presidente foi reeleito para o seu terceiro mandato com 52% dos votos. No entanto, as atas eleitorais, que mostram o registro dos votos em cada local de votação, não foram apresentadas.

O órgão alega que foi hackeado.

Já a oposição aponta que o candidato Edmundo venceu as eleições com 67% dos votos.

Para o grupo, a prova é um site criado pelos próprios opositores com mais de 80% das atas digitalizadas, às quais a oposição teve acesso por meio de representantes que compareceram à grande maioria dos locais de votação.

Além da contagem paralela da oposição, uma contagem independente das atas eleitorais feita pela agência de notícias Associated Press (AP), na semana passada, com base nessas atas, indicou que o opositor venceu o pleito com uma diferença de 500 mil votos.

Diversos países, incluindo Brasil e Estados Unidos, e a União Europeia vêm cobrando de Caracas a divulgação das atas. No sábado (10/8), a Suprema Corte da Venezuela iniciou uma auditoria das eleições e afirmou que o resultado será “inapelável”.

O Brasil, no entanto, já afirmou que não reconhecerá o resultado declarado pela Justiça venezuelana sem a divulgação das atas.

Vitória sobre González sem legitimidade

Desde a eleição, María Corina Machado diz que Maduro foi derrotado e pede que ele deixe o poder.

“Estamos em um momento totalmente distinto. O mundo inteiro sabe que Maduro perdeu, que foi derrotado de maneira avassaladora e que hoje pretende permanecer no poder com a maior fraude da história deste hemisfério. Isso significa que não tem nenhuma legitimidade”, afirmou em entrevista.

A líder da oposição também pediu para que a pressão sobre Maduro realizada pela população venezuelana e a comunidade internacional não pare e que force o presidente a parar com a repressão.

Maduro colocou as Forças Armadas nas ruas para coibir protestos contra o governo que tomaram o país.

Na semana passada, a oposição venezuelana se disse disposta a dar garantias de proteção ao presidente venezuelano caso ele aceite fazer uma transição gradual de poder. Maduro descartou a possibilidade de negociação e pediu que a líder oposicionista María Corina Machado se entregasse à Justiça.

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