metropoles.com

Ghosn fugiu após Nissan cessar monitoramento

Montadora vigiava casa para observar movimentação do executivo; advogados ameaçaram denúncia por violação de direitos humanos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Chesnot/Getty Images
Catlos-Ghosn2
ouvir notícia
0:00 1.0x
1 de 1 Catlos-Ghosn2 - Foto: Chesnot/Getty Images

O ex-presidente da Renault-Nissan Carlos Ghosn fugiu de sua casa, em Tóquio, após a companhia de segurança privada contratada pela montadora suspender o monitoramento via câmeras, segundo três fontes informaram à Reuters ontem. Ghosn diz que se pronunciará publicamente sobre a fuga na próxima quarta-feira.

A Nissan havia contratado uma companhia para observar o executivo – que estava em prisão domiciliar aguardando julgamento sob acusação de má conduta financeira – para saber se ele não se encontraria com ninguém envolvido no caso.

Mas os advogados advertiram que, caso a companhia não suspendesse o monitoramento, Ghosn apresentaria uma denúncia contra a montadora por violação a direitos humanos.

A companhia, então, suspendeu a vigilância no dia 29 de dezembro. A Nissan não quis comentar o assunto.

A última imagem gravada de Ghosn é exatamente desse dia. Ele pode ser visto de relance, deixando a residência pela porta da frente por volta do meio dia, mas não é possível vê-lo retornando, disseram fontes. A polícia japonesa acredita que ele possa ter deixado a casa nesse momento para se encontrar com cúmplices que o ajudaram.

Naquela noite, um jato privado que deixou o aeroporto de Kansai, em Osaka, às 23h10 chegou à Turquia 12 horas depois. Acredita-se que Ghosn possa ter usado dois jatos durante a fuga.

Na sexta, a empresa de aluguel de aviões MNG Jet disse que um de seus funcionários falsificou registros para remover o nome de Ghosn da documentação dos dois voos – um entre Osaka e Istambul, na Turquia, e outro entre Istambul e Beirute.

Além do grupo de sete pessoas que foram detidas na quinta – formado por quatro pilotos, dois trabalhadores de solo de um aeroporto e um funcionário de transporte de carga – a polícia turca desconfia que dois estrangeiros estejam envolvidos na fuga, mas o Ministério da Justiça do país não deu mais informações sobre as nacionalidades nem sobre o papel que possam ter desempenhado.

O governo libanês recebeu um alerta de prisão da Interpol e disse que vai cumprir suas obrigações. Mas isso não deve significar a prisão de Ghosn, e sim um convite para prestar depoimento. O Líbano também já adiantou que não vai deportar o executivo.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?