George Santos é acusado de assédio sexual por funcionário do Congresso
Funcionário Derek Myers enviou uma carta ao Comitê de Ética do parlamento norte-americano denunciando suposto assédio de Santos
atualizado
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O deputado norte-americano George Santos, filho de brasileiros, foi acusado de assédio sexual por um funcionário que trabalhou em seu escritório. O caso foi divulgado neste domingo (5/2) pela imprensa dos Estado Unidos.
Em uma publicação nas redes sociais, o funcionário Derek Myers divulgou uma carta enviada ao Comitê de Ética do parlamento norte-americano. No texto, Myers acusou Santos de assediá-lo sexualmente em 25 de janeiro.
O assédio teria ocorrido após Santos perguntar se Myers utilizava um aplicativo de relacionamentos. Após negar, o funcionário teria sido tocado na perna pelo deputado.
“Enquanto estava em seu escritório pessoal revisando a correspondência, ele me chamou de ‘amigo’ e insistiu que eu sentasse ao lado dele em um pequeno sofá. Continuei com a discussão sobre a correspondência, mas o congressista me interrompeu colocando a mão na minha perna esquerda, perto do meu joelho, e disse: ‘Vamos ao karaokê nesta noite?'”, escreveu.
Myers disse que negou o convite, mas que Santos seguiu tocando seu corpo. “O congressista pegou sua mão e a moveu pela minha perna até a parte interna da minha coxa e começou a tocar minha virilha”, afirmou.
De acordo com o funcionário, o deputado afirmou que o marido estaria fora da cidade naquela noite, e insistiu para que ele aceitasse o convite. “Eu rapidamente afastei sua mão, peguei a correspondência da mesa e segui discutindo o assunto. Logo depois, deixei o escritório e retornei para a minha mesa”, pontuou.
Veja a publicação:
These matters will not be litigated on social media or through news media. They are serious offenses and the evidence and facts will speak for themselves if the committee takes up the matter. This tweet is being made public in light of transparency. pic.twitter.com/oSs4F3xyqc
— Derek Myers (@DerekMyers) February 3, 2023
Polêmicas
Nos últimos meses, o deputado do partido Republicano tem sido alvo de diversas polêmicas. O filho de imigrantes brasileiros nascido em Nova York alegava que havia estudado em uma das mais renomadas instituições do país, a Baruch College.
Ele também disse em seu currículo que era ex-funcionário de bancos de investimentos e que era um “orgulhoso judeu americano”. Segundo ele, neto de judeus ucranianos que fugiram da perseguição nazista durante a 2ª Guerra Mundial.
As afirmações foram desmentidas em reportagem do jornal The New York Times, que revelou uma série de mentiras a respeito da formação educacional e profissional de George.