Gaza: guerra matou mais de 41 mil palestinos apenas no último ano
Guerra em Gaza matou 41,8 mil palestinos. Segundo Ministério da Saúde, milhares de corpos ainda estão perdidos em escombros
atualizado
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Perto de completar um ano, o conflito armado em Gaza matou, pelo menos, 41,8 mil palestinos. De acordo com Ministério da Saúde de Gaza, outros 96,8 mil ficaram feridos em ataques israelenses desde 7 de outubro de 2023. Ainda segudo o órgão, milhares de corpos, provavelmente, estão perdidos em escombros.
No início deste ano, um estudo publicado pela revista The Lancet, estimava que o número real de mortes em Gaza poderia ser superior a 186 mil, considerando as mortes indiretas, causadas por falta de alimentos, atendimento médico e doenças.
O conflito teve início em outubro passado, após o grupo terrorista Hamas atacar o sul de Israel e sequestrar 251 pessoas — incluindo 38 crianças.
Quase 1,2 mil israelenses e estrangeiros foram mortos durante a ofensiva, incluindo 282 mulheres e 36 crianças, no que ficou conhecido como “o dia mais mortal na história de Israel”.
Mais de 6 mil mulheres e 11 mil crianças estão entre as vítimas palestinas. Um levantamento da Oxfam — confederação internacional que luta por justiça e igualdade — afirma que a guerra em Gaza é a mais mortal para o grupo nos últimos 20 anos.
Dados da Action on Armed Violence, recolhidos até 23 de setembro, mostram que, no último ano, Israel atacou a infraestrutura civil em Gaza, com armas explosivas, uma vez a cada três horas. Com excessão da pausa humanitária de seis dias, em novembro passado, houve apenas dois dias em todo o ano sem bombardeio.
Os registros afirmam que armas explosivas israelenses atingem, em média:
- Uma casa a cada quatro horas;
- Uma tenda e/ou abrigos temporários a cada 17 horas;
- Uma escola ou hospital a cada quatro dias;
- Pontos de distribuição de ajuda e armazéns a cada 15 dias.
Cerca de 68% das terras cultiváveis e das estradas da região foram destruídas e apenas 17 dos 36 hospitais de Gaza continuam funcionando. Nenhum deles tem suprimentos médicos e água potável suficientes.