Gaza e Israel: secretário de Estado dos EUA pede mais proteção a civis
O secretário dos Estados Unidos (EUA), Antony Blinken, está em Tel Aviv, em Israel, para discutir uma “pausa humanitária” também para Gaza
atualizado
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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, confirmou à imprensa local os desejos da Casa Branca em oficializar uma pausa humanitária no conflito entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza. Ele está em Tel Aviv desde o começo da manhã desta sexta-feira (3/11), onde se encontrará com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. “Nós precisamos fazer mais para proteger os civis palestinos”, afirmou Blinken à imprensa.
Ele também teria reafirmado o apoio dos EUA a Israel, mas dito que “a forma como Israel se defende importa”.
Blinken reafirmou que “Israel nunca estará sozinho”, reassegurando o apoio dos EUA ao país. Contudo, demonstrou uma fala mais suave quanto aos palestinos: “Quando olho para eles [as crianças palestinas], quando olho para seus olhos na tela da TV, vejo minhas próprias crianças”, ressaltou.
“Isso não é sobre lidar com o Hamas nos termos de se defender fisicamente. É sobre ter certeza que o 7 de outubro não se repita, mas também é sobre se defender da ideia, uma ideia pervertida, e nós temos que combater isso com uma ideia melhor… com uma visão melhor de como o futuro pode ser, e demonstrar que estamos dispostos a alcançá-lo”, afirmou Blinken à imprensa local.
Números em Gaza
O número de mortos na Faixa de Gaza está em pouco mais de 9 mil, e são mais de 32 mil feridos, de acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza (MOH) desta sexta-feira (2/11). Dos óbitos, 3,7 mil são crianças. A estatística chega a 1,9 mil feridos e 111 mortos na Cisjordânia.
Somando os 1,4 mil mortos em Israel durante o ataque do Hamas em 7 de outubro, o total chega a 10.572 vidas perdidas no Oriente Médio.
Os bombardeios deixaram cerca de 45% de todas as casas da Faixa de Gaza danificadas ou destruídas, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). A organização ainda emitiu avisos de escassez “catastrófica” de alimentos. Esses dados foram divulgados durante a Assembleia Geral da ONU, no último dia 24, pela relatora especial para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados da Palestina, a italiana Francesca Albanese.