G7: países que apoiarem a Rússia enfrentarão “custos severos”
Declaração do G7 aconteceu no mesmo dia em que o chefe da diplomacia russa, Sergey Lavrov, visitou Brasília
atualizado
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O Grupo dos Sete (G7) afirmou que países que apoiarem a Rússia na invasão à Ucrânia enfrentarão “custos severos”, em um comunicado conjunto divulgado nessa segunda-feira (17/4).
A nota, listando compromissos do G7 em relação ao conflito, que já dura mais de um ano, foi assinada por representantes diplomáticos de Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão, Reino Unido e União Europeia após reunião realizada em Karuizawa, Japão.
“Nós reiteramos nosso apelo a terceiros para que cessem a assistência à guerra da Rússia ou enfrentem custos severos”, disse.
Apesar de não citar o Brasil ou qualquer outro país, o duro posicionamento do G7 aconteceu horas após a visita do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, a Brasília.
A vinda do principal diplomata russo ao Brasil foi vista por muitos como mais um sinal de aproximação entre Brasília e Kremlin num momento de forte movimentação geopolítica mundial.
Visita de Lavrov
Em solo brasileiro, Lavrov se reuniu com o presidente Lula (PT) e com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que defendeu um cessar-fogo imediato na Ucrânia e criticou sanções contra a Rússia.
De acordo com o comunicado dos ministros das Relações Exteriores dos países do G7, o grupo continuará intensificando sanções contra a Rússia e promete enviar apoio à Ucrânia “pelo tempo que for necessário”.
Além do conflito na Ucrânia, o grupo prometeu uma frente unificada em defesa de Taiwan contra as ameaças da China e citou a cooperação para a paz no Oriente Médio e no Norte da África. O G7 também se referiu a outras “graves ameaças”, como as situações em que se encontram Irã, Mianmar, Afeganistão e Coreia do Norte.