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Futebol e guerra: hooligans e ultras se juntam ao combate na Ucrânia

O conflito na Ucrânia já dura três dias e, além de militares, civis e reservistas estão sendo mobilizados para o combate

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Militares ucranianos fazem patrulha em ruas do país. Atrás deles, vê-se dois tanques - Metrópoles
1 de 1 Militares ucranianos fazem patrulha em ruas do país. Atrás deles, vê-se dois tanques - Metrópoles - Foto: Anastasia Vlasova/Getty Images

Dias após o início da invasão Russa na Ucrânia, na madrugada da última quinta-feira (24/2), torcedores hooligans e ultras antifascistas de clubes do país decidiram participar, ativamente, do conflito.

Nas redes sociais, há relatos de diversas torcidas se armando para defender a Ucrânia. Nessa quinta-feira (24/2), o Ministério do Interior do país anunciou que 10 mil fuzis automáticos foram distribuídos a civis na capital Kiev. Além disso, o governo ucraniano convocou recrutas e reservistas a ir para a frente de batalha.

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Torcedores do Dinamo de Kiev pedem ajuda financeira
Hooligans do Metalist Kharkiv
Torcedores do Dinamo de Kiev
Hooligans Antifascistas do Arsenal de Kiev
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Hooligans Antifascistas do Dinamo Minsk

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Torcedores do Dinamo de Kiev pedem ajuda financeira

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Hooligans do Metalist Kharkiv

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Torcedores do Dinamo de Kiev

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Hooligans Antifascistas do Arsenal de Kiev

Nas redes sociais, há registros de hooligans antifascistas do Dinamo de Kiev, Metalist e Dinamo Minsk e Arsenal de Kiev se preparando para o combate no país, que já enfrenta o quarto dia de guerra.

Unindo o movimento antifascista ao futebol, os Antifa Hooligans são caracterizados, principalmente, por seu forte posicionamento contra o racismo, fascismo e o combate a ideologias supremascistas, além do uso da força para defender seus ideais.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

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