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A tempestade Milton, que está no Golfo do México, virou furacão de categoria 1 (em uma escala que vai até 5) e pode se tornar um “grande furacão” (da categoria 3) nesta segunda-feira (7/10), antes de atingir a costa oeste da Flórida no meio da semana. O alerta foi feito pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês).
À 1h (6h GMT de segunda-feira), Milton estava se movendo a quase 150 km por hora e deve se intensificar rapidamente e se tornar um grande furacão no fim do dia.
O NHC adverte para “danos devastadores”. Segundo o centro americano, eletricidade e água ficarão indisponíveis por dias ou mesmo semanas após a passagem do fenômeno.
Essas previsões do NHC estão causando preocupação na Flórida e no resto do sudeste dos Estados Unidos, afetada pela passagem devastadora do furacão Helene.
Os serviços de emergência ainda continuam trabalhando para ajudar as vítimas do Helene, o pior furacão que passou pelos Estados Unidos desde o Katrina, em 2005. Helene, que atingiu o ponto máximo como furacão de categoria 4, causou até agora 226 mortes em pelo menos seis estados do sudeste do país e provocou inundações.
De acordo com o Observatório Meteorológico dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), a temporada de furacões, que vai do começo de junho até o fim de novembro, poderia incluir entre quatro e sete furacões de categoria 3 ou superior.
Segundo vários cientistas, com o aumento da temperatura dos oceanos provocado pelo aquecimento global, torna-se mais provável a intensificação rápida das tempestades, o que aumenta o risco de furacões mais poderosos.
Falta de preparo
Deanne Criswell, chefe da Agência Federal para a Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês), disse ao programa “This Week”, da emissora americana ABC, que as autoridades federais estão “totalmente preparadas” para enfrentar a nova tempestade.
“Começamos a nos preparar há vários dias, antes de a tempestade se formar. Sabemos que avança diretamente para a Flórida”, declarou. “Mobilizaremos recursos à altura das necessidades”, acrescentou.
Segundo o NHC, “fortes precipitações vão afetar a Flórida na segunda-feira, mesmo antes da chegada de Milton, que avança com ventos máximos de 130 km/h”.
Embora “ainda seja muito cedo para especificar a escala exata e a localização dos impactos”, a agência alerta para a possibilidade de “ventos destrutivos” e marés de tempestade importantes durante a semana.
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