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França vai às urnas com participação recorde e extrema direita forte

Eleições foram convocadas há três semanas, após o presidente Emmanuel Macron dissolver o Parlamento

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Stephane Lemouton/Bestimage/IMAGO
Imagem colorida de Emanuel Macron, presidente da França
1 de 1 Imagem colorida de Emanuel Macron, presidente da França - Foto: Stephane Lemouton/Bestimage/IMAGO

As primeiras estimativas de participação no primeiro turno das eleições legislativas na França apontam para a menor abstenção dos últimos 40 anos. Às 17h de Paris (12h, no horário de Brasília), 59,4% dos eleitores já tinham comparecido às urnas, contra apenas 39,4% no mesmo horário na eleição anterior, realizada em 2022. Este é o maior índice de participação até as 17h desde 1978.

Cerca de 49,5 milhões de pessoas estão aptas a votar. A taxa de participação pode ficar perto dos 67%, o que corresponde a pouco mais de 33 milhões de eleitores, número que seria 20% superior ao das últimas eleições legislativas, em 2022.

O presidente francês, Emmanuel Macron, votou nas primeiras horas do dia no primeiro turno das eleições legislativas da França neste domingo (30/6), assim como a líder da extrema direita, Marine Le Pen.

As eleições foram convocadas por Macron antecipadamente, há três semanas, para renovar o Parlamento do país, que pode tornar o governo do presidente inviável na prática, em razão do avanço da extrema direita que tem uma liderança inédita nas pesquisas. O pleito francês ocorrerá em dois turnos, com o segundo marcado para o próximo dia 7.

Após a extrema direita conquistar o maior número de assentos no Parlamento Europeu da História do país, Macron tomou a arriscada e surpreendente decisão de dissolver o Legislativo francês e marcar uma nova votação.

Macron continuará a ser presidente após as eleições, mas terá de escolher um primeiro-ministro de qualquer partido ou aliança que consiga obter a maioria na Assembleia Nacional, independentemente de quão divergentes sejam as suas políticas das suas.

Disputa acirrada

A França tem um sistema político semipresidencialista. Neste modelo, os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento. A sigla ou a coalisão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que, no país europeu, governa em conjunto com o presidente — este eleito em eleições presidenciais diretas e separadas das legislativas e que, na prática, é quem ganha mais protagonismo à frente do governo.

Caso o presidente e o primeiro-ministro sejam de partidos políticos diferentes, a França entrará em um chamado governo de “coabitação”, o que ocorreu apenas três vezes na história do país europeu.

O primeiro-ministro atual, Gabriel Attal, é aliado de Macron, mas, se as pesquisas se concretizarem, quem deve assumir o cargo é o Jordan Bardella, de apenas 28 anos, o principal nome do partido de extrema direita de Le Pen, o Reunião Nacional (RN).

As pesquisas mais recentes indicam maioria para o RN. Um levantamento do instituto de pesquisas francês OpinionWay na última sexta-feira (28/6) apontou que o RN poderia alcançar até 37% dos votos, o que representa um aumento de dois pontos percentuais na comparação com uma semana atrás.

O partido centrista de Macron estava em terceiro lugar — atrás do bloco formado por siglas da esquerda — com 20%, uma queda de dois pontos em relação à última publicação.

A coligação de esquerda NFP, formada por socialistas, comunistas e ambientalistas e pelo partido radical França Insubmissa (LFI), já indicou que retirará seus candidatos se chegaram em terceiro lugar ao segundo turno para dar mais chances ao candidato do governo e tentar derrotar a extrema direita.

 

 

 

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