França tem dia de protestos contra racismo com milhares nas ruas de Paris
Manifestantes foram convocados pelo comitê de apoio à família de Adama Traoré, um negro de 24 anos que morreu após ser preso em 2016
atualizado
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Os protestos contra racismo e violência policial que agitam os Estados Unidos chegaram à França. Nesta terça-feira (02/06), milhares de pessoas se reuniram em frente ao Tribunal de Paris, convocadas pelo comitê de apoio à família de Adama Traoré, um negro de 24 anos que morreu após ser preso em 2016.
“Hoje não é apenas o combate da família Traoré, é o combate de todos vocês. Hoje, quando lutamos por Georges Floyd, lutamos por Adama Traoré”, disse Assa Traoré, irmã de Adama.
A convocação coincidiu com os protestos nos Estados Unidos após a morte de George Floyd. “O que acontece nos Estados Unidos é o mesmo que acontece na França”, disse a ativista.
Símbolo de violência
Em 19 de julho de 2016, Adama Traoré morreu em uma delegacia nos arredores de Paris, cerca de duas horas depois de ser preso. O caso tornou-se um símbolo de violência policial no país.
Na semana passada, a perícia descartou a responsabilidade dos policiais, mas nesta terça, uma perito contratado pela família de Traoré indicou que ele sofreu socos na barriga, técnica de detenção utilizada pelos agentes.
A prefeitura proibiu manifestações devido à crise do coronavírus, que não permite concentrações de mais de 10 pessoas, e também ao risco de “tumultos”.