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França decide autorizar ingresso de soropositivos nas Forças Armadas

Ministro das Forças Armadas da França, Sébastien Lecornu disse que a pasta mudou os critérios de aptidão “para acabar com a discriminação”

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Um soldado da França segura uma arma - Metrópoles
1 de 1 Um soldado da França segura uma arma - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Getty Images

O ministro das Forças Armadas da França, Sébastien Lecornu, anunciou, nesta segunda-feira (8/5), uma mudança no decreto de 1980 que proibia a entrada de soropositivos na Gendarmaria Nacional, no Corpo de Bombeiros Militares e nas Forças Armadas. Segundo Lecornu, a pasta mudou os critérios de aptidão “para acabar com a discriminação.”

Atualmente, a Gendarmaria Nacional ou o Corpo de Bombeiros Militares não permitem o acesso de soropositivos nas instituições. De acordo com o ministro, o estatuto militar da França precisa mudar. A medida foi divulgada na data em que os Aliados celebram a vitória sobre o exército nazista em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.

Em entrevista ao canal France 2, da televisão pública, o ministro reforçou que “ser HIV positivo não será mais uma barreira para entrar nas forças armadas”. Lecornu disse que o decreto que altera os critérios de entrada será publicado nos próximos dias.

Além do anúncio no simbólico Dia da Vitória, a inclusão de soropositivos acontece enquanto a França enfrenta uma baixa no número de recrutamento. Mesmo com uma imagem positiva, a carreira de militar não atrai as novas gerações.

A inclusão de pessoas soropositivas em cargos militares acontece desde o ano passado quando, em novembro de 2022, o Ministério do Interior da França retirou a proibição da contratação de soropositivos na polícia. O governo francês revogou, por meio de decreto, o “Sigycop” — sistema de avaliação de aptidão física —, aplicado de forma rigorosa e categorizava pessoas com HIV como inaptos.

De acordo com estudos recentes, pessoas vivendo com o HIV sob tratamento antirretroviral têm uma carga viral indetectável e não transmitem o vírus da imunodeficiência humana. Nas redes sociais, o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, agradeceu a mudança nos critérios e disse que “era hora de acabar com essa proibição injusta”.

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