França: 1 milhão de pessoas protestam contra a reforma da previdência
Esta quinta-feira (23/3) marca o nono dia de protestos na França contra a reforma da previdência. Macron aprovou a lei em 16/3
atualizado
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Esta quinta-feira (23/3) marca o nono dia de protestos na França contra a reforma da Previdência Social, aprovada em 16 de março pelo presidente Emmanuel Macron. O Ministério do Interior francês estimou que 1 milhão de pessoas foram às ruas nesta quinta.
De acordo com autoridades francesas, mais de 200 protestos ocorreram em todo o país. Em alguns pontos das cidades, os manifestantes impediram a circulação de trens. Essa mobilização é o primeiro ato convocado desde a transformação do projeto em lei sem a aprovação parlamentar, por meio de decreto, feito por Macron.
Mais cedo, o ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, denunciou “ataques e degradações inaceitáveis contra a subprefeitura e a delegacia de polícia de Lorient. Pêsames para funcionários feridos. Esses atos não podem ficar impunes”.
Inacceptables attaques et dégradations contre la sous-préfecture et le commissariat de Lorient. Pensées aux fonctionnaires blessés. Ces actes ne peuvent rester impunis.
— Gérald DARMANIN (@GDarmanin) March 23, 2023
Darmanin também informou que, no momento, 123 polícias e gendarmes estão feridos e mais de 80 indivíduos foram detidos. Porém, internautas também reclamam da força policial “exagerada”. Veja:
— Emmanuel Peudon (@EmmanuelPeudon) March 23, 2023
Confira algumas cenas dos protestos na França:
France 🇨🇵 on 🔥🔥🔥
— Wall Street Silver (@WallStreetSilv) March 23, 2023
Sindicatos franceses consideram a mobilização desta quinta-feira “importante” para demonstrar a força das organizações em continuar lutando contra a medida.
“Não temos escolha a não ser a greve e bloquear a economia até que Macron ceda e retire o seu projeto”, argumentou o secretário-geral do sindicato Força Operária dos Aeroportos de Paris, Fabrice Criquet.
Entenda a polêmica reforma da Previdência francesa
A reforma da previdência proposta pelo governo de Emmanuel Macron adiciona dois anos de trabalho para que os franceses possam se aposentar, aumentando a idade para a maioria das carreiras de 62 para 64 anos a partir de 2030.
Essa proposta vem gerando insatisfação e grandes protestos na França há algumas semanas. Em Paris, por exemplo, trabalhadores do transporte público e da limpeza urbana estão em greve, e toneladas de lixo se acumulam nas calçadas.