Forças da Somália retomam hotel atacado por terroristas
O local foi alvo ontem de um ataque com um carro-bomba e, em seguida, havia sido invadido por cinco terroristas. 23 pessoas morreram
atualizado
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Forças de segurança da Somália retomaram na madrugada deste domingo o hotel Nasa-Hablod, na capital da Somália, Mogadiscio, que foi alvo ontem de um ataque com um carro-bomba e, em seguida, havia sido invadido por cinco terroristas. O número de mortos, que até ontem chegava a 18, foi atualizado hoje para 23.
Durante a troca de tiros entre extremistas e forças de segurança dentro do Hasa-Hablod, o ministro de Eletricidade e Água do país, Salim Aliyow Ibrow, que estava no edifício, foi resgatado. Entre os mortos, estão uma mulher e seus três filhos, incluindo um bebê, e um ex-ministro, segundo o capitão Mohamed Hussein.
O Al-Shabab, grupo extremista islâmico, reivindicou a autoria do ataque de ontem, mas não comentou sobre o de duas semanas atrás. Especialistas dizem que o número de vítimas foi tão grande que o grupo teria hesitado em reivindicar a autoria por temer um aumento do rechaço à organização entre os somalis.
Depois da explosão de duas semanas atrás, o presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed, vem visitando países da região em busca de mais apoio na luta contra o Al-Shabab. Também tem tentado unir lideranças regionais de seu fragmentado país.
O exército dos Estados Unidos intensificou esforços militares contra o Al-Shabad neste ano, realizando quase 20 ataques com drones a alvos do grupo, acompanhando o acirramento da guerra contra o extremismo no continente africano. Um força multinacional formada por 22 mil soldados da União Africana que atuam na Somália atualmente devem se retirar até 2020. Recentemente, oficiais de segurança dos EUA manifestaram preocupação de que o exército local ainda não estaria pronto para assumir a segurança do país.