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Forças armadas da Índia impedem circulação de jornais na Caxemira

Após protestos anti-Índia que deixaram dezenas de mortos, a polícia começou a invadir redações de jornais e apreendeu exemplares de veículos locais com a proibição de sua impressão até segunda-feira (18/7)

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Yawar Nazir/Getty Images
1 de 1 - Foto: Yawar Nazir/Getty Images

Autoridades na região da Caxemira, na Índia, fecharam gráficas de impressão e proibiram temporariamente a publicação de jornais, depois de vários dias de protestos anti-Índia que deixaram dezenas de mortos.

O porta-voz do governo indiano e ministro da Educação, Nayeem Akhtar, disse que as medidas foram destinadas a salvar vidas e fortalecer os esforços de paz. O governo diz que 36 pessoas foram mortas em confrontos entre manifestantes e forças de segurança, enquanto os grupos de direitos humanos locais e jornais dizem que pelo menos 40 pessoas morreram.

Um toque de recolher está em vigor nas áreas problemáticas pelo nono domingo seguido, com centenas de milhares de pessoas tentando lidar com a escassez de alimentos e outras necessidades Dezenas de milhares de tropas do governo patrulhavam ruas desertas na maior parte da região, onde lojas e empresas permaneceram fechados.

A Caxemira, uma região predominantemente muçulmana, é dividida igualmente entre Índia e Paquistão, mas os dois países querem a posse de todo o território. A maioria das pessoas na parte indiana estão insatisfeitas com a presença das forças armadas e querem a independência, ou uma incorporação pelo Paquistão.

Desde 1989, mais de 68.000 pessoas foram mortas no levante contra o domínio indiano e a subsequente repressão militar pelo governo do país. Índia e Paquistão travaram duas guerras pelo controle da Caxemira desde que os colonizadores britânicos deixaram a região, em 1947.

As autoridade indianas intensificam a repressão com o objetivo de evitar a piora nas tensões, em vista da convocação, feita pelo Paquistão, para um “dia negro” na próxima terça-feira (19/7), com protestos contra o controle da Índia sobre a Caxemira.

Na sexta-feira (15/7), primeiro-ministro paquistanês Nawaz Sharif prometeu que seu país continuará oferecendo apoio político, moral e diplomático para a Caxemira. Segundo ele, a convocação do “dia negro” serve para expressar solidariedade com os “caxemires que enfrentam atrocidades nas mãos de forças indianas”.

Na semana passada, foram realizados os maiores protestos de rua nos últimos anos em parte da Caxemira, depois que as tropas indianas mataram um jovem líder do maior grupo rebelde da região As informações têm sido escassas, já que a maioria dos serviços de telefonia celular e internet, bem como os acessos de telefone fixo, não funcionam nas áreas mais problemáticas, com exceção de Srinagar, a principal cidade da porção indiana da Caxemira.

A polícia começou a invadir redações de jornais e apreendeu dezenas de milhares de exemplares de veículos locais nesse sábado (16/7), com a proibição de sua impressão até segunda-feira (18/7). Eles também detiveram dezenas de trabalhadores nas gráficas. Editores denunciaram a ação do governo e classificaram a situação da mídia na Caxemira de emergencial.

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