Filho de brasileira preso durante manifestação na França é solto
Vídeo mostra o momento em que Rodolphe Volte-Vieira é agredido e preso durante manifestação contra a reforma da previdência francesa
atualizado
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O filho de uma brasileira, que foi detido e agredido por policiais durante uma manifestação contra a reforma da previdência da França, foi solto na manhã deste sábado (18/3). O jovem Rodolphe Volte-Vieira, de 25 anos, foi preso em Paris, capital do país, na última quarta-feira (15/3).
A brasileira Maria D’Austria Vieira, que mora na França há 33 anos, denunciou a polícia francesa por agredir o seu filho durante uma manifestação, em Paris. Em um vídeo que circula nas redes sociais é possível ver o momento em que Rodolphe Volte-Vieira é atacado por agentes de segurança.
Confira:
Rodolphe trabalha como socorrista do Corpo de Bombeiros de Paris e protestava de forma pacífica contra a reforma da previdência proposta pelo presidente francês Emmanuel Macron, segundo a mãe do jovem.
“Ele estava andando com um amigo, passando perto de um pelotão. A polícia fez um movimento de deslocamento e veio para cima dele”, contou a brasileira ao G1.
Segundo Maria, ela ficou 48 horas sem se comunicar com o filho mesmo indo até o local onde Rodolphe estava preso. Apesar disso, ela conseguiu informações sobre o paradeiro dele após o Consulado do Brasil em Paris nomear uma advogada.
“Foi muito complicado, foi muito angustiante. Eu plantei um QG lá na frente do comissariado”, afirmou Maria D’Austria.
Rodolphe ficou sem poder tomar banho enquanto esteve na prisão. O jovem chegou a receber atendimento médico, mas não foi realizado nenhum exame mais detalhado sobre os ferimentos.
“Eles [policiais] bateram muito na cabeça, nas costas, na orelha direita. Ele levou uma cacetada na testa e no nariz. Quase quebraram a mão dele, rasgaram a roupa que ele tinha. Ele machucou a perna do lado esquerdo”, declarou.
Após ser liberado, Rodolphe foi encaminhado para um hospital para realizar novos exames.
“Eu espero que ele não tenha nenhuma sequela, e que a gente dê parte. Tem que ter alguma resposta. É uma violência fora do comum, que não tem necessidade”, afirmou a mãe do jovem.