Filho de Biden se declara culpado por sonegação e porte ilegal de arma
Hunter Biden é acusado de fraude, sonegação de impostos e irregularidades em transações comerciais. Ele firmou um acordo com a Justiça
atualizado
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Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, vai se declarar culpado em três acusações federais ligadas a sonegação de impostos e posse ilegal de armas nesta terça-feira (20/6). A decisão ocorre após o empresário firmar um acordo com o Departamento de Justiça norte-americano.
Segundo informações do jornal The Washington Post, Hunter deve, aproximadamente, US$ 1,2 milhão em relação a impostos não pagos em 2017 e 2018. A acusação de porte ilegal de armamento também está relacionada a um caso em 2018, quando ele mentiu sobre ser usuário de drogas ao adquirir uma arma.
As denúncias contra ele surgiram a partir de uma investigação iniciada há 5 anos, conduzida pelo procurador David Weiss, nomeado pelo ex-presidente Donald Trump.
Hunter Biden declarou-se culpado com o objetivo de evitar julgamento, processo legal que resultaria em exposição e desgaste da imagem da Casa Branca. O pai dele, Joe Biden, anunciou a candidatura à reeleição em 2024, e fez o primeiro evento de campanha no sábado (17), na Pensilvânia.
Segundo a imprensa internacional, o procurador Weiss deve recomendar a aplicação de liberdade condicional a Hunter, pelas duas acusações fiscais. Já a denúncia de porte ilegal pode ser descartada, se o acusado cumprir requisitos judiciais.
Violações tributárias
Hunter Biden, 53 anos, está na mira do ex-presidente Trump e aliados republicanos, que o acusam de irregularidades relacionadas à Ucrânia e à China, entre outros assuntos. O filho do presidente dos EUA trabalhou como lobista, advogado, banqueiro de investimentos e lutou contra a dependência química há alguns anos.
Em dezembro de 2020, ele anunciou que foi notificado sobre as investigações, mas negou qualquer irregularidade.
A investigação apura possíveis violações de leis tributárias e de lavagem de dinheiro em transações comerciais estrangeiras, principalmente com empresas da China. A investigação liderada pelo procurador Weiss começou em 2018.
A Casa Branca não comentou o assunto.