Fed surpreende, e juros nos EUA têm alta de 0,75 ponto percentual
Mercado esperava alta, mas de 0,5 ponto. Política monetária mais agressiva do Fed é resposta à pressão inflacionária insistente
atualizado
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Destino de enorme volume de investimentos por causa da previsibilidade de sua economia, os Estados Unidos surpreenderam o mundo nesta quarta-feira (15/6) com a maior alta de juros desde 1994. O Federal Reserve, uma espécie de Banco Central do país, elevou a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual.
A medida é considerada “drástica” por investidores e analistas, e responde a uma inflação crescente nos EUA, a maior das últimas quatro décadas.
O mercado mundial esperava uma alta, mas de 0,5 ponto percentual. E, além de aumentar os juros mais do que o esperado, o Fed informou em comunicado que pode seguir com uma política de juros agressiva nos próximos meses para combater a inflação.
Com a alta de 0,75 ponto percentual, a taxa básica de juros dos EUA vai oscilar entre 1,5% e 1,75% ao ano. Para os EUA, é um número alto, mas, como comparação, o Brasil tem hoje uma taxa de juros básica de 12,75%, e expectativa de um aumento de 0,5 ponto percentual também nesta quarta, quando termina a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Nos EUA, a alta deverá afetar o preço de empréstimos e forçar uma desaceleração da economia, como forma de tentar frear também a inflação.
Comunicado divulgado pelo Fed nesta quarta informou que 10 dos 11 membros votantes foram a favor do aumento que foi divulgado. Um único dissidente, a presidente do Fed do Kansas, Esther George, votou por um aumento de 0,5 ponto percentual.
O texto diz ainda que o Fed segue “fortemente comprometido em retornar a inflação ao seu objetivo de 2%”.
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