FBI diz que procura por possíveis cúmplices de ataque com 10 mortes
Dez pessoas morreram e 30 ficaram feridas após serem atropeladas por um veículo em Nova Orleans. FBI diz ser “ato de terrorismo”
atualizado
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O Departamento Federal de Investigação (FBI) afirmou, em coletiva de imprensa dada nesta quarta-feira (1º/1), que o ataque que deixou ao menos 10 pessoas mortas e 30 feridas em Nova Orleans, no estado da Louisiana, nos Estados Unidos, está sendo tratado como “ato de terrorismo”. O FBI ainda destacou que está procurando por possíveis cúmplices no ataque.
Segundo os agentes, o suspeito chama-se Shamsud-Din Jabbar, de 42 anos. O homem é um cidadão americano e residente no Texas. Ele foi morto pelas autoridades policiais.
Jabbar estava usando armadura corporal no momento em que realizou o ataque. O caminhão alugado tinha uma bandeira preta, mas não está claro qual organização a bandeira representa.
“Não acreditamos que Jabbar seja o único responsável”, disse um agente do FBI.
Na coletiva, o governador da Louisiana, Jeff Landry, afirmou que serão transparentes “na avaliação de quaisquer defeitos que possam ter existido no sistema para que possamos lidar com isso. É a única maneira de garantir que quaisquer erros cometidos sejam corrigidos”.
Entenda o caso
Ao menos 10 pessoas morreram e 30 ficaram feridas após serem atropeladas por um veículo em Nova Orleans, no estado da Louisiana, nos EUA, na Canal Street e na Bourbon Street, nesta quarta-feira (1º/1). De acordo com a agência de preparação para desastres da cidade, o acidente ocorreu horas após as comemorações de Ano-Novo.
Segundo a mídia local, um carro atropelou em alta velocidade a multidão em Bourbon Street, e o motorista, após sair do automóvel, começou a atirar. A polícia revidou os disparos.
As autoridades locais informaram que o motorista é um homem que atingiu intencionalmente as pessoas com uma caminhonete. “Este homem estava tentando atropelar o máximo de pessoas possível”, informou a superintendente do Departamento de Polícia de Nova Orleans, Anne Kirkpatrick.
Kirkpatrick informou ainda que o homem demonstrou um comportamento altamente intencional antes de abrir fogo contra os policiais. Não foi revelado o paradeiro do suspeito.
A prefeita de Nova Orleans, LaToya Cantrell, classificou o incidente como um “ataque terrorista”. O caso foi assumido pelo FBI, com a agente especial Alethea Duncan à frente da investigação. As autoridades informaram que um dispositivo explosivo improvisado estava sendo analisado no local.
Em um comunicado, a cidade de Nova Orleans, por meio da agência de preparação para desastres NOLA Ready, informou que 30 pessoas feridas foram transferidas para hospitais da região. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram pessoas caídas no chão.
“O 8º Distrito está atualmente trabalhando em um caso com vítimas em massa envolvendo um veículo que atingiu uma grande multidão no Canal e na Bourbon Street. Há 30 pacientes feridos que foram transportados pelo New Orleans Emergency Medical Services (Noems) e 10 mortes. Parceiros de segurança pública estão respondendo no local. As atualizações seguirão à medida que forem recebidas.”
Em uma publicação na rede X, a NOLA Ready alertou para que a população se mantenha longe do local do acidente. A polícia segue com as investigações. De acordo com o portal CBS, o veículo que colidiu contra as pessoas era um caminhão branco.
O governador de Louisiana, Jeff Landry, considerou o acidente como um “ato horrível de violência”.
“Um ato horrível de violência aconteceu na Bourbon Street mais cedo esta manhã. Por favor, juntem-se a Sharon e a mim em oração por todas as vítimas e socorristas na cena. Peço a todos perto da cena que evitem a área”, informou o governador, citando sua esposa.
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, se pronunciou a respeito do ataque em Nova Orleans que resultou na morte de 10 pessoas e deixou 30 feridos. Segundo o presidente, ele está sendo informado constantemente sobre o caso e garantiu que “todos os recursos estejam disponíveis enquanto as autoridades federais, estaduais e locais trabalham assiduamente para chegar ao fundo do que aconteceu”.