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Extrema direita vai às ruas do Reino Unido e mais de 100 são presos

A extrema direita do Reino Unido diz que o ataque a crianças em um centro de lazer foi cometido por um mulçumano, versão negada pela polícia

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Protesto anti-imigrante em Southport, no Reino Unido, coloca manifestantes da extrema direita contra policiais
1 de 1 Protesto anti-imigrante em Southport, no Reino Unido, coloca manifestantes da extrema direita contra policiais - Foto: Danny Lawson/PA Images via Getty Images

O Reino Unido vive momentos de caos, com intensas manifestações da extrema direita e desordem desencadeadas por um ataque que matou três crianças e deixou outras 10 feridas em um centro de lazer, na cidade Southport, no último dia 29.

Axel Rudakubana, um adolescente de 17 anos, foi identificado como o autor do crime.

O caso provocou uma onda de protestos anti-imigração, protagonizados pela extrema direita do país, que resultaram em violência generalizada em diversas cidades britânicas. Na confusão, mais de 100 pessoas foram presas.

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Até o momento, três crianças entre 6 e 7 anos morreram. No total, 11 foram esfaqueadas
Um adolescente armado com uma faca atacou crianças em um clube de férias com tema de Taylor Swift
Secretária de Estado para Assuntos Internos do Reino Unido, Yvette Cooper, presta homenagem às crianças vítimas de um ataque com faca
Homenagens às vítimas são deixadas por simpatizantes
Crianças prestam homenagem às vítimas do atentado
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Alice da Silva Aguiar, 9 anos, Bebe King, de 6 anos, e Elsie Dot Stancombe, de 7 anos, vítimas do atentado (da esq. para dir.)

Divulgação Merseyside Police
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Até o momento, três crianças entre 6 e 7 anos morreram. No total, 11 foram esfaqueadas

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Um adolescente armado com uma faca atacou crianças em um clube de férias com tema de Taylor Swift

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Secretária de Estado para Assuntos Internos do Reino Unido, Yvette Cooper, presta homenagem às crianças vítimas de um ataque com faca

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Homenagens às vítimas são deixadas por simpatizantes

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Crianças prestam homenagem às vítimas do atentado

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Um simpatizante reage após prestar homenagem às crianças vítimas de um ataque com faca em 30 de julho de 2024 em Southport, Inglaterra

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Homenagens florais deixadas perto de Hart Street em Southport, Merseyside

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Ataque em Southport, no Reino Unido

O incidente, ocorrido em Southport, uma cidade litorânea no noroeste da Inglaterra, chocou o país e serviu de pretexto para a extrema direita espalhar desinformação.

A extrema direita do país disseminou falsas alegações de que o suspeito seria um mulçumano refugiado, recém-chegado ao país.

No entanto, segundo autoridades policiais, o ataque não está relacionado ao terrorismo e Rudakubana nasceu no Reino Unido. Ele foi detido e enviado a um centro de detenção juvenil.

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Axel Rudakubana mais jovem
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Axel Rudakubana, suspeito de matar crianças em atentado no Reino Unido, mais jovem

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Axel Rudakubana mais jovem

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Axel deve comparecer ao tribunal em outubro para responder por acusações de três homicídios, 10 tentativas de homicídio e uma de posse de arma branca. A motivação do ataque ainda está sob investigação.

Protestos e violência da extrema direita

Nos dias seguintes ao ataque, protestos tomaram conta de várias cidades do Reino Unido. Em Hull, Liverpool, Bristol, Manchester, Stoke-on-Trent, Blackpool e Belfast, as manifestações se transformaram em confrontos violentos.

Há registros de manifestantes arremessando garrafas de cerveja, pedras, tijolos, cadeiras e até fogos de artifício contra policiais, além de incendiarem contêineres de lixo e saquearem lojas.

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Policiais do lado de fora de uma estabeleciemnto danificado na Murray Street, em Hartlepool, após um protesto violento
Protesto no Reino Unido após mortes de crianças
Confronto entre polícia e manifestantes anti-imigração
Policiais com pessoas participando do protesto 'Enough is Enough' em Whitehall, Londres
Homem aponta dedo par apolicial durante protesto
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Bombeiros tentam apagar fogo de viatura em chamas

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Policiais do lado de fora de uma estabeleciemnto danificado na Murray Street, em Hartlepool, após um protesto violento

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Protesto no Reino Unido após mortes de crianças

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Confronto entre polícia e manifestantes anti-imigração

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Policiais com pessoas participando do protesto 'Enough is Enough' em Whitehall, Londres

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Homem aponta dedo par apolicial durante protesto

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Em Sunderland, no norte da Inglaterra, o centro da cidade foi vandalizado, com prédios e veículos incendiados. Três policiais acabaram hospitalizados e diversas pessoas foram presas por desordem violenta e roubo.

Parte dos manifestantes demonstraram apoio a Tommy Robinson, um conhecido ativista de extrema direita, enquanto insultos contra o Islã foram ouvidos perto de uma mesquita local.

Resposta do governo

Diante da escalada de violência, o primeiro-ministro Keir Starmer fez uma declaração prometendo total apoio às forças da ordem e condenando os “extremistas” que buscam “semear o ódio” no país.

Starmer enfatizou que há uma distinção clara entre liberdade de expressão e agitação violenta, e anunciou uma nova resposta nacional para lidar com a desordem.

Essa estratégia incluirá a integração das forças policiais em todo o país por meio de inteligência compartilhada e o uso ampliado de tecnologias, como o reconhecimento facial, para identificar e deter participantes de atividades criminosas.

A secretária de Estado para Assuntos Internos do Reino Unido, Yvette Cooper, também se manifestou, prometendo que os responsáveis pelos atos violentos “pagariam o preço por sua brutalidade”.

Cooper destacou que as forças policiais estão preparadas para enfrentar mais manifestações e garantiu que os envolvidos na violência enfrentariam a Justiça.

Tensão e medidas de segurança

As manifestações e a resposta policial têm gerado um clima de tensão em todo o Reino Unido. Mesquitas em todo o país foram colocadas em estado de alerta, com o Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha expressando preocupação com a possibilidade de novos ataques.

“A comunidade muçulmana está profundamente preocupada”, disse Zara Mohamed, secretário-geral do Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha (MCB)

Além disso, foram registradas manifestações em algumas cidades, com grupos anti-racistas e defensores dos direitos humanos protestando contra o discurso de ódio e a violência cometidos pela extrema direita.

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