Ex-presidente foragido da Catalunha é detido na Alemanha
Carles Puigdemont foi preso pela polícia alemã quando cruzava de carro a fronteira com a Dinamarca, voltando de uma viagem à Finlândia
atualizado
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O ex-presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, foi detido neste domingo (25/3) pela polícia alemã após cruzar a fronteira da Dinamarca com o país. Foragido da Justiça espanhola desde outubro, quando declarou unilateralmente a independência da região da Espanha, Puigdemont era alvo de uma ordem internacional de prisão. As informações são do jornal El País.
Segundo a publicação espanhola, o advogado do político catalão informou que seu cliente havia sido “detido para averiguações”. A imprensa alemã, no entanto, confirmou que Puigdemont foi preso na cidade alemã de Kiel. A legislação da Alemanha prevê penas de dez anos a prisão perpétua para delitos semelhantes aos que o governo espanhol atribuiu ao ex-presidente catalão.Na última sexta (23), Puigdemont foi acusado do crime de rebelião, que prevê uma pena de até 30 anos de prisão. O político também está implicado por uso indevido de verba. A Justiça espanhola já havia enviado mandados de prisão para a Interpol e outras polícias de países membros da União Europeia.
O carro de Puigdemont, informa o El País, foi parado por policiais alemães logo após ter cruzado a fronteira com a Dinamarca em direção à cidade alemã de Hamburgo, de onde teria a intenção de retornar à Bélgica. O político saiu da Espanha para um exílio na Bélgica no ano passado, pouco depois de o parlamento catalão fazer uma declaração simbólica de independência da Espanha.
O ex-presidente havia se deslocado desde sua residência na Finlândia. Ele havia viajado para o país com o objetivo de participar de uma conferência na capital Helsinque. Puigdemont, no entanto, havia deixado o país após a expedição do mandado de prisão em seu nome e estava foragido desde então.
A Alemanha, assim como França, Itália e Portugal, é um dos países em que existe uma maior cooperação jurídica com a Espanha. Segundo o El País, autoridades alemãs já comunicaram oficialmente o governo espanhol sobre a prisão de Puigdemont.