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Ex-ministro de defesa de Israel alvo de mandado de prisão se pronuncia

Além dele, primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu e o líder do Hamas Mohammed Deif foram acusados de crime de guerra pelo TPI

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Reprodução/Ministério da Defesa de Israel/Elad Malka
Imagem colorida do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, na OTAN - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, na OTAN - Metrópoles - Foto: Reprodução/Ministério da Defesa de Israel/Elad Malka

Yoav Gallant, ex-ministro da defesa de Israel, que se tornou alvo de um mandado de prisão pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) na manhã desta quinta-feira (21/11), se pronunciou após as denúncias de crime de guerra. Além dele, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o líder do Hamas Mohammed Deif também foi sentenciado.

Na rede social X, Gallant afirma que a decisão do TPI estabelece um precedente perigoso contra o direito à autodefesa e “à guerra moral”, além de incentivar o terrorismo. O ex-ministro ainda disse estar orgulhoso de ter liderado o sistema de segurança de Israel “na difícil e bem-sucedida guerra que nos foi imposta”.

Leia o comunicado na íntegra:

“A decisão do tribunal de Haia será lembrada para sempre – coloca o Estado de Israel e os líderes assassinos do Hamas na mesma linha e legitima assim o assassinato de bebés, a violação de mulheres e o rapto de idosos das suas camas. A decisão estabelece um precedente perigoso contra o direito à autodefesa e à guerra moral e incentiva o terrorismo assassino.

Longe vão os dias em que nos era negado o direito de nos defendermos. A tentativa de negar a Israel o seu direito de alcançar os seus objetivos na sua guerra justa irá falhar – os soldados das FDI e os membros das forças de segurança continuarão a sua ação até que os raptados sejam devolvidos, o Hamas seja dissolvido e os residentes de Israel sejam devolvidos em segurança para suas casas.

Orgulhoso do privilégio que me foi concedido de liderar o sistema de segurança na difícil e bem-sucedida guerra que nos foi imposta – fortalecendo as forças de segurança, agindo de acordo com a lei e a justiça nas suas missões na guerra das “sete frentes” – a guerra que irá determinar o nosso futuro no nosso país nas próximas décadas.”

O gabinete de Netanyahu afirmou que a decisão do tribunal é “absurda, falsa e antissemita”, rejeitou categoricamente as alegações e afirmou que o país “não cederá à pressão, não será dissuadido e não recuará” até que todos os objetivos de guerra de Israel sejam alcançados.

Mandados de prisão

O Tribunal Penal Internacional (TPI), ou Tribunal de Haia, organismo internacional permanente, com jurisdição para investigar e julgar indivíduos acusados de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crime de agressão, afirma ter provas suficientes de que os alvos de mandados cometeram deliberadamente crimes de guerra ao atacarem civis.

A sentença é uma resposta à solicitação feita pela Procuradoria do tribunal contra Netanyahu, em maio deste ano, e a outros três pedidos feitos contra líderes do Hamas.

Os crimes cometidos pelos líderes do Israel são:

  • Indução à fome como método de guerra;
  • Sofrimento deliberado na população civil;
  • Assassinato de civis;
  • Ataques deliberados a civis;
  • Exterminação de povo;
  • Perseguição e tratamento desumano.

Os crimes cometidos pelos líderes do Hamas são:

  • Exterminação de povo;
  • Assassinato de civis;
  • Sequestrar e fazer civis reféns;
  • Tortura;
  • Estupro e atos de violência sexual;
  • Tratamento cruel e desumano.

Apesar de os 124 países signatários terem se comprometido a seguir as decisões do TPI, o tribunal não tem força policial que os faça cumprir os mandados de prisão.

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