Ex-milionário perde tudo e agora ganha a vida como engraxate
“Quando me levanto, me olho no espelho e não fico deprimido. Como posso me sentir triste quando tenho tantas outras coisas?”, declara
atualizado
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Mr. Sunshine. É assim que Larry Wood é chamado pelos pedestres da rua Queen, uma das principais avenidas de Auckland, na Nova Zelândia. O engraxate de sapatos não cobra pelo serviço e incorpora uma imagem ilustre ao ficar o dia todo sentado em um banco, vestido de forma impecável e vendendo cera para lustrar calçados. Quem o vê daquele jeito, nem imagina que o senhor de 60 anos já foi milionário.
Nascido em Los Angeles (EUA), Wood conheceu sua primeira mulher na década de 80 e deixou seu país após os sogros ficarem doentes. O casal, então, se instalou na cidade neozelandesa e ele passou a trabalhar na empresa bem-sucedida da família.
Mas o desastre começou logo em seguida. Wood afirma ter se transformado em alguém arrogante e passou a não respeitar as pessoas. “Quando você tem tanto dinheiro, você acha que todos têm de fazer o que você diz. Você acredita ser é melhor que os outros porque tem mais bens materiais”, afirma.
Porém, um encontro mudou o destino de Wood. Ele se deparou com um vendedor chinês que o deixou comovido e o fez abandonar as regalias. Ao maltratar o trabalhador, que sempre recebia seus clientes com um sorriso, Wood se arrependeu de quem se transformou e garantiu que a soberba não o dominaria mais. Separou-se de sua esposa e teve sua fortuna minguada. Quando constatou não ter nenhum centavo no bolso, ele adotou o pseudônimo de Mr. Sunshine e começou a trabalhar como engraxate, há 13 anos.
Felicidade nada tem a ver com dinheiro
Pobre, morando em um apartamento de dois quartos cedido pela Assistência Social, Mr. Sunshine declara que, receber agradecimentos de pessoas diariamente é o que faz com que ele prossiga vivendo feliz. “As pessoas me dizem: ‘Você fez o meu dia'”, admite, contemplado.
O serviço de engraxate é gratuito, mas a cera para os sapatos custa US$ 14, o suficiente para Mr. Shunshine se manter. Entretanto, o homem não pensa mais em riquezas: “Não me faz falta o Rolls-Royce, posso pegar ônibus. Não preciso ser alguém, só me preocupo em ser uma pessoa boa”.
“Quando me levanto, me olho no espelho e não fico deprimido. Como posso me sentir triste quando tenho tantas outras coisas? Há muitas coisas que podem te fazer feliz”, afirma.