metropoles.com

Ex que ateou fogo em maratonista de Uganda morre após queimaduras

O suspeito de matar maratonista se queimou durante ataque à vítima. Ele invadiu a casa dela, jogou gasolina no corpo da mulher e ateou fogo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
WMTRC 2021/Tailândia/Divulgação
Maratonista Rebecca Cheptegei foi morta pelo ex, que acabou morrendo depois
1 de 1 Maratonista Rebecca Cheptegei foi morta pelo ex, que acabou morrendo depois - Foto: WMTRC 2021/Tailândia/Divulgação

O ex-namorado da maratonista Rebecca Cheptegei, suspeito de matá-la após atear fogo no corpo dela, morreu nesta terça-feira (10/9), em um hospital no Quênia, país onde o crime aconteceu.

Segundo informações da agência Reuters, Dickson Ndjema estava internado em razão das queimaduras que sofreu durante o ataque à ex-companheira. A morte do homem foi confirmada pelo jornal The Star.

3 imagens
Maratonista Rebecca Cheptegei
Maratonista Rebecca Cheptegei foi morta pelo ex, que acabou morrendo depois
1 de 3

Rebecca Cheptegei, no centro, de amarelo e listras, morreu quatro dias após chegar ao hospital

Sam Mellish/Getty Images
2 de 3

Maratonista Rebecca Cheptegei

Hannah Peters/Getty Images
3 de 3

Maratonista Rebecca Cheptegei foi morta pelo ex, que acabou morrendo depois

WMTRC 2021/Tailândia/Divulgação

A atleta de Uganda Rebecca Cheptegei, de 33 anos, que participou dos Jogos Olímpicos de Paris, no último mês de agosto, morreu na quinta-feira (5/9), quatro dias depois que o suspeito invadiu a casa em que ela morava com as filhas, jogou gasolina no corpo dela e ateou fogo.

Segundo o pai de Rebecca Cheptegei, o ataque contra a filha começou por uma disputa sobre um terreno que havia comprado.

“Foi o terreno que comprou que causou os problemas”, disse Joseph Cheptegei, antes de pedir ao governo que “cuide da sua propriedade e de seus filhos”.

Maratonista e ex tinham constantes discussões

Segundo o boletim de ocorrência, o suspeito, identificado como Dickson Ndiema Marangach, invadiu a propriedade de Rebecca Cheptegei, quando ela estava na igreja com as filhas, no domingo (1º/9).

Segundo o pai da atleta, Joseph Cheptegei, Rebecca vivia com uma irmã e duas filhas em uma casa construída na localidade de Endebess, no Quênia, a 25 km da fronteira com Uganda.

Quando retornaram da igreja, o suspeito jogou gasolina no corpo da atleta e ateou fogo nela na frente das filhas, de 9 e 11 anos, segundo o jornal The Standard.

O boletim policial apresenta Rebecca Cheptegei e Dickson Ndiema Marangach como “um casal que constantemente tinha discussões familiares”.

Rebecca foi socorrida e internada na UTI do Moi Teaching and Referral Hospital (MTRH), na cidade de Eldoret, no Quênia, mas não resistiu.

“Os ferimentos cobriam a maior parte de seu corpo. Isso levou à falência de múltiplos órgãos. Fizemos o nosso melhor, mas não tivemos sucesso”, disse Kimani Mbugua, diretor da UTI em que a atleta estava.

“Considerando a idade e as queimaduras em mais de 80% do corpo que ela sofreu, a esperança de recuperação era pequena”, acrescentou.

Perda da atleta

Os dirigentes do atletismo e ativistas dos direitos das mulheres condenaram o assassinato.

O presidente do Comitê Olímpico de Uganda, Donald Rukare, denunciou em uma mensagem na rede X “um ato covarde e sem sentido que provocou a perda de uma grande atleta”. “Condenamos de modo veemente a violência contra as mulheres”, afirmou.

A confederação de atletismo do Quênia, a Athletics Kenya, afirmou que “a morte prematura e trágica é uma perda profunda” e exigiu “o fim da violência de gênero”.

Violência contra mulheres

Nos últimos anos, o atletismo no Quênia foi marcado por casos semelhantes.

Em abril de 2022, a atleta nascida no país Damaris Mutua foi encontrada morta em Iten, um polo mundialmente conhecido no mundo do atletismo que fica no Vale do Rift. Suspeita-se que seu companheiro a tenha matado.

Em outubro de 2021, a atleta queniana Agnes Tirop, de 25 anos, medalhista de bronze nos 10.000 metros nos Mundiais de 2017 e 2019 e quarta colocada nos 5.000 metros nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, morreu depois de ter sido esfaqueada em sua casa em Iten.

Seu marido, Emmanuel Ibrahim Rotich, está sendo processado pelo assassinato, mas nega as acusações.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?