Ex-chefe da Nissan, Carlos Ghosn deixa Japão e viaja ao Líbano
O brasileiro, que estava em prisão domiciliar, é acusado de má conduta financeira. Não se sabe se ele fugiu ou fez acordo com as autoridades
atualizado
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O executivo Carlos Ghosn, ex-presidente da aliança Renault-Nissan, deixou o Japão, onde cumpria prisão domiciliar, e desembarcou no aeroporto internacional Rafic al-Hariri, em Beirute, no Líbano, na noite de domingo (29/12/2019).
Segundo o Financial Times, a viagem foi confirmada por pessoas próximas à família do empresário. Entretanto, não se sabe se Ghosn fugiu da prisão domiciliar ou se conseguiu uma espécie de acordo para sair do Japão.
O brasileiro, que tem também as cidadanias francesa e libanesa, teria chegado em um jatinho particular, que teria saído da Turquia, informou a reportagem.
Ghosn foi preso no ano passado, acusado de subestimar a própria renda em mais de US$ 80 milhões ao longo de oito anos de relatórios financeiros da Nissan e de levar a montadora a pagar a companhia de um amigo na Arábia Saudita que o ajudou com um problema financeiro pessoal.
Logo quando foi preso pela primeira vez, no Japão, o executivo negou que tenha havido irregularidades durante sua gestão no comando da empresa. Ghosn afirmou à época que não cometeu desvio algum e que não havia motivo para continuar detido.