Evo Morales critica governo Lula por vetar Venezuela nos Brics: “Erro”
Sem citar Lula diretamente, Evo Morales disse que Brasil manteve políticas de Bolsonaro ao barrar Venezuela nos Brics
atualizado
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Aliado de longa data do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o boliviano Evo Morales chamou a decisão do governo brasileiro, de vetar o ingresso da Venezuela nos Brics, de “erro”. A declaração do ex-presidente da Bolívia aconteceu nesta sexta-feira (25/10), em uma publicação no X.
Para o líder indígena, a decisão do governo brasileiro é uma herança da administração de Jair Bolsonaro (PL), que durante seu mandato distanciou o Brasil da Venezuela, comandada por Nicolás Maduro.
“É muito claro que um novo mundo está nascendo. Contudo, lamentamos que o veto imposto pelo governo de Jair Bolsonaro seja mantido em relação à Venezuela. Este erro deve ser corrigido o mais rápido possível. A Venezuela tem um papel muito importante na tarefa de construir um mundo multipolar”, disse Morales, sem citar diretamente Lula.
O veto brasileiro impediu que a Venezuela fosse aceita como parceira dos Brics em reunião de cúpula realizada nesta semana em Kazan, na Rússia.
Na quinta, o próprio regime de Maduro publicou uma nota em tom crítico e comparou Lula a Jair Bolsonaro.
“Através de uma ação que contraria a natureza e o postulado dos Brics, a representação da chancelaria brasileira (Itamaraty), liderada pelo embaixador Eduardo Paes Saboia, decidiu manter o veto que Bolsonaro aplicou durante anos à Venezuela, reproduzindo o ódio, a exclusão e a intolerância promovida desde os centros de poder ocidentais para impedir, por enquanto, a entrada da Pátria de Bolívar nesta organização”, disse a chancelaria venezuelana nessa quinta-feira (24/10).
Para o governo do líder chavista, a atitude foi vista como uma “agressão” contra a Venezuela.