Evo Morales deixa México para consulta médica em Cuba
Gabriela Montaño, ex-Ministra da Saúde da Bolívia, confirmou que “Morales está em Cuba para uma consulta médica com a equipe cubana”
atualizado
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O ex-presidente boliviano Evo Morales, asilado no México, viajou a Cuba nesta sexta-feira (06/12/2019), para uma consulta médica, disseram fontes diplomáticas do ex-presidente.
Fontes do Ministério das Relações Exteriores indicaram que “Morales viajou de manhã a Cuba” e que o ex-presidente informou que “é uma viagem temporária”.
Gabriela Montaño, ex-Ministra da Saúde da Bolívia, confirmou que “o presidente Evo Morales está em Cuba para uma consulta médica com a equipe cubana que anteriormente o atendeu na Bolívia”.
Em 4 de dezembro, a Organização dos Estados Americanos (OEA) reiterou suas alegações de “irregularidades” nas últimas eleições presidenciais na Bolívia, apresentando a versão final do relatório que levou à saída do presidente até então.
A OEA publicou a versão preliminar do relatório em 10 de outubro, documento que gerou um terremoto político na Bolívia e em poucas horas causou um anúncio de reeleição de Morales e sua subsequente renúncia forçada pelos militares.
Nas eleições em questão, realizadas em 20 de outubro, Morales foi eleito pela quarta vez como presidente boliviano, impondo no primeiro turno uma margem superior a dez pontos, segundo a contagem oficial de seu principal rival, o ex-presidente Carlos Mesa. O relatório final da OEA publicado na quarta-feira, no entanto, indicava que “as manipulações e irregularidades indicadas não permitem certeza sobre a margem de vitória do candidato (Evo) Morales sobre o candidato (Carlos Mesa)”.
Na mesma sexta-feira, Morales postou em sua conta no Twitter que “a direita golpista” o acusa de fraude eleitoral “quando nem o relatório da OEA fala de fraude, mas de irregularidades“. “E a lei estabelece que, se houver irregularidades, a votação deve ser repetida nessas mesas. Nossa vitória foi roubada no primeiro turno”.
Morales deixou seu país em 11 de novembro, depois que as Forças Armadas o forçaram a deixar o cargo, e recebeu asilo no México.