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Europa em ebulição: o que esperar das eleições antecipadas na França?

Marine Le Pen, rival de Emmanuel Macron, saiu na frente e avançou no número de representantes no Parlamento Europeu

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Antoine Gyori – Corbis/Corbis via Getty Images
Foto colorida do presidente da França, Emmanuel Macron - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do presidente da França, Emmanuel Macron - Metrópoles - Foto: Antoine Gyori – Corbis/Corbis via Getty Images

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou no domingo (9/6) a dissolução da Assembleia Nacional e a antecipação das eleições parlamentares para o fim deste mês. Apesar de prevista no sistema parlamentarista francês, a decisão mostra como são profundas, em um dos maiores países da Europa, as eleições para o parlamento continental, nas quais o centro manteve o controle, mas a extrema direita avançou com força.

O movimento de Macron acontece após o partido da maior rival de Macron na França, Marine Le Pen, comemorar vitórias nas eleições do Parlamento Europeu. A turbulência acontece ainda em meio aos preparos paras as Olimpíadas de Paris.

Depois do avanço da extrema direita, Marine celebrou. “Estamos prontos para tomar o poder se os franceses confiarem em nós”, afirmou ela, que defende ideias nacionalistas e tem se aproximado dos trabalhadores franceses.

O resultado provisório divulgado pelo Parlamento Europeu, na noite de domingo, mostra o Rally Nacional de extrema direita, chefiado por Jordan Bardella, comandando a disputa, seguido por Renaissance, Modem, Horizons e UDI, liderada por Valérie Hayer.

O Parlamento Europeu possui ao todo 720 representantes de 27 países. A distribuição de cadeiras leva em conta o tamanho da população dos Estados-membros, com base no princípio de “proporcionalidade degressiva”. A França, por exemplo, dispõe de 81 representantes, estando atrás apenas da Alemanha, que tem 96.

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Eleições antecipadas

Macron antecipou as eleições parlamentares para 30 de junho e 7 de julho. O movimento pode representar um risco para o presidente francês, que já não possui uma base forte na Assembleia Nacional.

“A França precisa de uma maioria clara em serenidade e harmonia”, afirmou Macron. Ele admitiu o progresso da direita “em todo o continente”.

Com isso, Macron decidiu que a continuação do mandato dele sem uma nova consulta popular colocaria mais pressão no sistema político francês.

A decisão do presidente da França acontece poucos dias antes das Olimpíadas de 2024, que irão ocorrer em Paris e poderiam ajudar a tirar o foco da população da política e colocar os holofotes nos jogos.

O pleito antecipado pode ampliar o número de cadeiras do partido de Le Pen, Reunião Nacional (RN), no Parlamento. Diante disso, o pleito também aumentam as chances de o partido de Marine Le Pen assumir o poder central. O candidato que pode chegar ao cargo pela agremiação é o jovem Jordan Bardella.

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