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EUA: Trump vai abordar tributos e saúde em discurso no Congresso

No discurso de terça (28/2), Trump deve falar sobre seus planos para revisão do código tributário e o sistema de saúde nos Estados Unidos

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Trump assina documentos no Capitólio e participa de almoço em sua homenagem
1 de 1 Trump assina documentos no Capitólio e participa de almoço em sua homenagem - Foto: J. SCOTT APPLEWHITE/Pool/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai abordar planos para rever o código tributário e o sistema de saúde do país em seu discurso ao Congresso na noite de terça (28/2), mas não buscará nenhuma mudança na Previdência Social ou no Medicare (seguro de saúde federal para pessoas de mais de 65 anos, algumas pessoas mais jovens com deficiência ou com doença renal em estágio final), disseram funcionários da Casa Branca neste domingo.

Em seu primeiro discurso em uma sessão conjunta do Congresso, Trump deve enfatizar duas de suas principais prioridades legislativas: a simplificação do código tributário e o desmantelamento do Ato de Cuidados Acessíveis (Obamacare) e a substituição dele por outra coisa.

Mas Trump não vai pressionar para reduzir os gastos com a Previdência Social e o Medicare, dois programas federais que os republicanos defendem há anos que devem ser reformulados para reduzir o déficit orçamentário. “Não vamos tocar nisso agora. Então não espere ver isso como parte deste orçamento”, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, em entrevista ao Sunday Morning Futures da rede de televisão Fox.

Republicanos do Congresso disseram que ouvirão o discurso de Trump atentos a pistas sobre o formato da primeira proposta de orçamento que o seu governo enviará ao Capitólio, prevista para meados de março.

Embora Trump repetidamente tenha dito na campanha que não quer reduzir os gastos com Medicare ou Previdência Social, seu novo diretor de orçamento, o ex-congressista do Partido Republicano Mick Mulvaney há muito tempo defende a redução acentuada dos gastos federais, inclusive em programas de direitos.

Dado que Trump planeja aumentar os gastos militares e cortar impostos, o plano de orçamento da Casa Branca pode deixar os conservadores em uma posição difícil se o orçamento liderado pelos republicanos fizer pouco para conter os gastos federais. “Você tem que pagar por essas coisas. Temos de pagar por essas coisas”, disse o deputado Jim Jordan (Partido Republicano, Ohio), um influente legislador conservador, neste domingo.

Na terça-feira à noite, o presidente também deve descrever suas prioridades sobre o Ato de Cuidados Acessíveis, mas pode não mergulhar profundamente nas questões mais espinhosas que o rodeiam. Republicanos discordaram sobre como revogar e substituir a lei de saúde de 2010.

Trump disse no início deste ano que seu objetivo é fornecer “seguro para todos”. A secretária de imprensa da Casa Branca Sarah Huckabee Sanders se recusou neste domingo a garantir que ninguém perderá sua atual cobertura sob o plano do Partido Republicano. “Eu sei que o objetivo é que asseguremos que as pessoas não percam a sua cobertura e que temos que dar alta prioridade às pessoas que mais precisam”, disse Sanders neste domingo à rede de televisão ABC.

Republicanos também estão divididos sobre como reformular o Medicaid, o programa de seguro federal-estadual para os pobres, que alguns Estados expandiram sob a lei de saúde de 2010.

No discurso de terça-feira, Trump provavelmente vai reiterar o seu desejo de aumentar a segurança nas fronteiras, disse seu ex-gerente de campanha, Corey Lewandowski, à rede de televisão Fox. Trump fez campanha para presidente prometendo um muro de fronteira e continua falando sobre a construção de um “muro” ao longo da fronteira com o México. Ele está enfrentando resistência de republicanos no Texas, onde a maioria das terras não cercadas está localizada.

O presidente deve enviar um pedido de financiamento ao Congresso para construir o muro nas próximas semanas. As estimativas do Departamento de Segurança Interna estimam o custo inicial de um muro completo em mais de US$ 21 bilhões. Depois de repetidas garantias de que o México pagaria a conta, Trump agora diz que os EUA serão reembolsados mais tarde, algo que autoridades mexicanas dizem que nunca ocorrerá.

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