EUA nega que enviará tropas para lutar contra a Rússia na Ucrânia
Governo dos EUA rebateu declaração do premier-eslovaco Robert Fico e afirmou que não enviará militares para a Ucrânia
atualizado
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O governo dos Estados Unidos afirmou, nesta terça-feira (27/2), que não pretende enviar suas tropas para a guerra na Ucrânia em meio a especulações de que países da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) poderiam mandar militares para o conflito contra a Rússia.
“O presidente Biden deixou claro que os EUA não enviarão tropas para lutar na Ucrânia”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Adrienne Watson.
A declaração de Washington acontece um dia após o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, revelar que alguns estados membros da UE e da Otan pensam em enviar militares para a guerra no Leste Europeu, que completou dois anos recentemente.
Além dos EUA, Alemanha, Itália, Reino Unido, Polônia e Suécia se pronunciaram contra os rumores de que países do bloco planejavam enviar tropas para a Ucrânia. O chefe da aliança militar, Jens Stoltenberg, também negou que a Otan planeja enviar tropas para o combate.
“Os aliados da Otan estão fornecendo um apoio sem precedentes à Ucrânia. Fizemos isso desde 2014 e intensificamos [o apoio] após a invasão em grande escala [da Rússia]”, disse Stoltenberg em entrevista à Associated Press. “Mas não há planos para tropas de combate da Otan no terreno da Ucrânia”, disse.
Apesar de diversos países do bloco negarem a informação do premier eslovaco, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse, nessa segunda-feira (26/2), que o envio de tropas para solo ucraniano não está descartado.
“Não houve acordo nesta noite para enviar oficialmente tropas para o terreno, mas não podemos excluir nada”, disse o líder francês após uma conferência em Paris que discutiu a guerra na Ucrânia.
Rússia reage
O possível movimento da aliança militar liderada pelos EUA acendeu um alerta vermelho na Rússia, que falou sobre uma guerra direta entre o país e a Otan caso o cenário se concretize.
“Nesse caso [do envio de tropas], precisaríamos falar não sobre a probabilidade, mas sobre a inevitabilidade [de uma guerra direta entre Otan e Rússia]”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ao ser questionado sobre o assunto.