1 de 1 Presidente da Rússia, Vladimir Putin, faz gesto enquanto fala em evento - Metrópoles
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O senador republicado Lindsey Graham, eleito pela Carolina do Norte (EUA), falou em entrevista à Fox News, nesta sexta-feira (4/3), que a única forma de acabar com a guerra é com a morte de Vladmir Putin, presidente da Rússia.
“A única forma disso acabar, meu amigo, é com alguém na Rússia matando esse homem. Você estaria fazendo um grande favor ao seu país e ao mundo”, disse Graham.
Graham chega a perguntar: “Existe um Brutus, na Rússia? Uma versão mais bem-sucedida de Claus von Stauffenberg?”. Brutus fez parte da conspiração para matar Júlio César, em Roma Antiga, enquanto Stauffenberg participou de uma tentativa de matar Hitler que falhou.
Nessa quinta-feira (3/3), o presidente norte-americano, Joe Biden, reuniu-se com o alto escalão do governo norte-americano para discutir o que pode ser feito para pressionar ainda mais o presidente russo, Vladimir Putin.
A nova rodada de punições atinge 50 oligarcas russos, que tiveram bens congelados, por exemplo. O presidente anunciou novas sanções também ao bilionário Alisher Burhanovich Usmanov e ao porta-voz de Putin, Dmitry Peskov.
Além de restrições econômicas, os norte-americanos vão suspender os vistos e proibir viagens para seus territórios a estes indivíduos.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
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Ataques continuam na Ucrânia
As tropas russas estão avançando de forma vertiginosa no território ucraniano. Os balanços apresentados pelos dois países dão dimensão de como as cidades estão sendo invadidas e bombardeadas pelos militares.
Em apenas um dia, as cidades sitiadas por tropas da Rússia subiram de 16 para 26. Os soldados de Vladimir Putin miram em províncias estratégicas e alvos que, se destruídos, causam grande impacto. Civis são alvo das tropas e tentam impedir a aproximação dos soldados com barricadas, como em Lviv.
A Ucrânia vive o oitavo dia de bombardeios. Um nova tentativa de cessar-fogo nessa quinta-feira (3/3) fracassou. Representantes russos e ucranianos se reunirão pela terceira vez nesta sexta-feira (4/3).