EUA recupera peças eletrônicas do balão chinês derrubado por militares
Dispositivo é apontado pelo governo dos EUA como “espião”. Material apreendido inclui sensores e grandes seções de estrutura
atualizado
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O governo dos Estados Unidos (EUA) recuperou sensores, peças eletrônicas e pedaços da estrutura de um balão chinês supostamente usado para espionagem, derrubado por militares no início deste mês.
“As equipes conseguiram recuperar destroços significativos do local, incluindo todos os sensores prioritários identificados e peças eletrônicas, bem como grandes seções da estrutura”, disse o Comando Norte dos EUA, em um comunicado. Especialistas do Pentágono continuam a análise da estrutura.
Logo após a derrubada do balão por caças US F-22 Raptor, na costa da Carolina do Sul, em 4 de fevereiro, equipes recuperaram as primeiras peças do artefato e garantiram que ele tinha capacidade de monitoramento, a partir de sinais de comunicação.
A China insiste que o balão não tem fins militares ou de espionagem, e trata-se de uma simples ferramenta meteorológica. Os EUA, por outro lado, garantem que era um sofisticado veículo espião de alta altitude, que faz parte de um programa global.
Autoridades dos EUA afirmaram ainda que a China realizou voos de vigilância semelhantes em mais de 40 países nos cinco continentes. Além do norte-americano, a Colômbia afirmou ter registrado um objeto semelhante nos céus do país.
O artefato tecnológico levou a uma nova escalada de tensões entre EUA e China, culminando no adiamento de uma visita a Pequim do Secretário de Estado estadunidense, Antony Blinken, que estava marcada para o último fim de semana.
O dispositivo acendeu o alerta nos céus norte-americanos e, no último fim de semana, outros três artefatos voadores foram derrubados — um perto do Alasca, outro sobre o Canadá e um terceiro sobre o Lago Huron. No entanto, o Pentágono ainda não detalhou a função e a origem desses objetos.