EUA rebate Pequim e reafirma que balão é aparato de espionagem
O Pentágono reagiu à China e reafirma que balão chinês sobrevoando os EUA desde a quinta-feira (1/2) é um equipamento de vigilância
atualizado
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O governo dos Estados Unidos (EUA) rebateu as alegações dadas por Pequim sobre um balão que sobrevoou os EUA nessa quinta-feira (2/2). O governo chinês diz se tratar de um dirigível civil. Já o Pentágono voltou a afirmar que seria um “balão espião”.
No novo capítulo da guerra de versões, o Pentágono contradisse o comunicado de Pequim dado mais cedo nesta sexta-feira (3/2) e voltou a afirmar nesta que o dirigível estaria espionando o território norte-americano.
Veja:
Pentágono contraria Pequim e reafirma que balão chinês sobrevoando os EUA é um equipamento de vigilância.
“O balão violou o espaço aéreo dos EUA e a lei internacional, o que é inaceitável”, afirmou o General Pat Ryder no início da tarde desta sexta. pic.twitter.com/tgB8bFENrl
— Metrópoles (@Metropoles) February 3, 2023
Um alerta foi emitido ainda nessa quinta, anunciando que o governo norte-americano monitorava um balão de alta atitude que seria um aparato de vigilância do governo chinês. O general Pat Ryder, porta-voz da Defesa dos EUA (foto em destaque), explicou em comunicado que o dispositivo está em grande altitude, “não representa um risco militar ou físico” e que não seria derrubado.
Em resposta ao comunicado, o Ministério de Relações Exteriores da China afirmou que o dirigível é sim chinês, mas não pertence ao governo, nem estaria sendo utilizado para espionagem.”É um dirigível civil utilizado para fins de pesquisa, principalmente meteorológicos”, afirmou o governo chinês nesta sexta.
De acordo com o governo dos EUA, o balão sobrevoa vários estados da costa oeste dos Estados Unidos há dias.
Polarização
O dispositivo foi identificado em um momento de tensão entre as duas potências. No próximo fim de semana, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, desembarca na China, em uma tentativa de aliviar os ânimos. Segundo a imprensa americana, Blinken já resolveu adiar a visita que faria ao país asiático.
O chefe da diplomacia norte-americana realizaria reuniões no domingo (5/2) e na segunda-feira (6/2), para aprofundar o relacionamento bilateral e evitar que a competição entre as potências resulte em um conflito.