EUA querem impor sanções a europeus que negociarem com Irã
A intenção é pressionar países aliados na Europa a imporem mais restrições ao programa nuclear
atualizado
Compartilhar notícia
Os Estados Unidos ameaçaram, nesta segunda-feira (14/5), punir com sanções as empresas europeias que continuarem a negociar com o Irã. O conselheiro de Segurança Nacional do presidente Donald Trump, John Bolton, confirmou em entrevista à rede norte-americana CNN a intenção de pressionar os aliados europeus para imporem mais restrições ao programa nuclear do Irã.
Os países da Europa, no entanto, ainda resistem. De acordo com a chanceler alemã, Angela Merkel, a Alemanha tentará se manter no pacto. O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, afirmou sexta-feira (12/5) ter pedido isenções ou períodos de carência mais longos para a saída de empresas francesas do Irã, como a gigante petrolífera Total e a montadora Peugeot.“Pode haver sanções contra as empresas, mas tudo vai depender da conduta dos governos”, afirmou Bolton. Segundo o conselheiro, alguns países da Europa acabarão apoiando os EUA, apesar dos comentários de líderes do continente lamentando a decisão de Trump. “No fim das contas, eles (europeus) verão que é do interesse deles concordar com o fim do acordo”, afirmou Bolton.
Os norte-americanos querem impor sanções mais duras às atividades nucleares do Irã, incluindo restringir o programa de mísseis do país. Também exigem redução do apoio iraniano a grupos militantes na Síria e no Iêmen.
O novo acordo substituiria o Plano de Ação Conjunta Global, como é conhecido documento assinado em Viena, em 14 de julho de 2015, entre o Irã e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) – EUA, China, Rússia, França e Reino Unido –, além da Alemanha.