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EUA promete “consequências severas” se Rússia usar armas químicas

Em recado ao governo russo, a secretária de Imprensa americana, Jen Psaki, prometeu reação severa caso esse tipo de artefato seja usado

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Um civil carrega um balde em Donetsk controlado por separatistas pró-russos, Ucrânia
1 de 1 Um civil carrega um balde em Donetsk controlado por separatistas pró-russos, Ucrânia - Foto: Stringer/Anadolu Agency via Getty Image

A secretária de Imprensa americana, Jen Psaki, fez alertas ao governo russo e recomendou que as tropas não usem armas químicas na guerra.

Nesta segunda-feira (14/3), em entrevista transmitida ao vivo de Washington, Psaki reafirmou o posicionamento dos Estados Unidos sobre o tema.

“Haverá consequências severas se usarem armas químicas. Temos garantido o compartilhamento de informações sobre o que podemos esperar [do planejamento russo]. Terá reação muito severa da comunidade global”, salientou.

Armas nucleares

Antes, a Organização das Nações Unidas (ONU) fez um alerta para o possível uso de armas nucleares na guerra da Ucrânia. A entidade acusa a Rússia de “aumentar o nível de alerta” para forças nucleares.

Nesta segunda-feira (14/3), o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, classificou o movimento russo como um “desenvolvimento de arrepiar os ossos”.

Guterres foi categórico: “A perspectiva de um conflito nuclear, antes impensável, agora está de volta ao campo da possibilidade”.

O representante da entidade voltou a defender o cessar-fogo e pediu uma solução diplomática e pacífica para o conflito no Leste Europeu, iniciado em 24 de fevereiro.

“É hora de parar o horror desencadeado sobre o povo da Ucrânia e seguir o caminho da diplomacia e da paz”, frisou.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin ordenou, três dias após a invasão, que militares colocassem as forças nucleares do país em “regime especial de alerta”.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Terminou sem consenso mais uma reunião entre russos e ucranianos. A negociação de um cessar-fogo será retomada na terça-feira. O encontro acabou com uma “pausa técnica”.

Sirenes antiataque foram acionadas em Kiev, capital e coração do poder na Ucrânia, e Lviv, uma das maiores cidades do país. O 19º dia de guerra teve uma escalada nos bombardeios, que tiveram início em 24 de fevereiro.

Já é noite na Ucrânia — o fuso é de cinco horas à frente do horário de Brasília. Em Kiev, por exemplo, o toque de recolher proíbe a circulação de pessoas.

Quando as sirenes são ligadas, o risco de ataque é extremo. Há recomendação de que as pessoas se abriguem em bunkers ou espaços subterrâneos, como porões.

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