EUA lançam ataque com drone contra Estado Islâmico-K no Afeganistão
O ataque foi em Nangahar e tinha como alvo um membro do EI-K que estaria envolvido no atentado ocorrido do aeroporto de Cabul
atualizado
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Os Estados Unidos lançaram um ataque com drones contra o Estado Islâmico-K, no Afeganistão, na noite desta sexta-feira (27/8) — sábado (28) em horário local.
Segundo o Comando Central dos EUA, o ataque foi em Nangahar e tinha como alvo um membro do EI-K que estaria envolvido no planejamento do atentado no aeroporto de Cabul, na última quinta (26), que matou quase 170 afegãos e 13 militares americanos.
A investida deixou um morto. O porta-voz do capitão da Marinha, William Urban, afirmou não haver relato de óbitos de civis. Ainda não se sabe se o indivíduo atingido era o alvo desejado.
Promessa de revanche
Após o atentado no aeroporto, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, subiu o tom contra o terrorismo e prometeu revanche. “Vamos caçá-los e fazer com que vocês paguem. Não seremos assustados pelos terroristas”, sentenciou em pronunciamento no início da noite dessa quinta-feira, em Washington.
Biden disse que encomendou um plano de ataque para atingir as lideranças terroristas. “Os Estados Unidos não serão intimidados”, enfatizou.
“Um dia difícil. Vimos as cenas de Cabul. Terroristas atacaram. As autoridades de inteligência tinham alertado que esse cenário poderia acontecer”, lamentou o presidente norte-americano.
“Precisamos continuar focados, prosseguir com a missão e as tropas serão retiradas”, afirmou. Em 20 anos, os Estados Unidos gastaram US$ 145 bilhões na Guerra do Afeganistão. Ao todo, 2,5 mil militares norte-americanos morreram.
A crise
Desde que o Talibã tomou o controle de Cabul, em 15 de agosto, o país entrou em colapso, temendo a interpretação ultraconservadora da lei islâmica.
O grupo retomou o poder no Afeganistão após os Estados Unidos iniciarem a retirada das tropas militares do país.
Em maio, integrantes do Talibã começaram a agir para estender sua área de controle, buscando dominar sul, norte e parte do oeste do país. A estratégia usada foi a de conquistar capitais de províncias, até chegar às grandes cidades.