EUA envia mais armas e mísseis antitanque para Exército ucraniano
Na tarde deste sábado (19/3), o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Oleksii Danilov, anunciou a doação
atualizado
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O governo da Ucrânia confirmou que receberá, na próxima semana, mais armas e mísseis antitanque cedidos pelos Estados Unidos. Os norte-americanos têm feito uma série de doações de armamento e de dinheiro para ajudar na defesa do país.
Na tarde deste sábado (19/3), o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Oleksii Danilov, fez o anúncio, mas não deu maiores detalhes. “[As armas] estarão no território do nosso país no futuro próximo, em dias”, disse.
A Rússia, por outro lado, tem criticado o envio de armas à Ucrânia por Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Zelensky pede paz
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de fazer o que chamou de “terrorismo de Estado” na guerra no Leste Europeu, além de “chantagem nuclear” com o mundo.
Neste sábado, Zelensky falou ao parlamento suíço. O discurso é emblemático: historicamente, a Suíça é um país neutro em relação a conflitos. Agora, se posicionou contra a invasão russa à Ucrânia.
“É muito importante defender a paz e a liberdade de todos nós. Crimes estão sendo cometidos por um país enorme e com potencial nuclear”, iniciou. Ao longo do discurso, Zelensky ressaltou que “a Rússia começou essa guerra estupida e cruel contra nós. Precisamos cortar o terrorismo de Estado”.
Segundo o presidente ucraniano, esse é um momento de união global para deter Putin e a violência contra a soberania dos países. “Mudou para cada um dos ucraniano, para cada um dos europeus”, reiterou.
Acordo estagnado
O mundo espera ansiosamente por um acordo de paz que ponha fim à guerra no Leste Europeu. Contudo, ao menos do lado russo, a negociação está estagnada. Até mesmo uma conversa entre os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, foi descartada.
Em entrevista à agência estatal russa de notícia TASS, o chefe da delegação russa para as negociações, Vladimir Medinsky, informou que o documento que baliza o cessar-fogo ainda não está pronto. As declarações foram divulgadas neste sábado (19/3).
Nas últimas horas, as tropas russas intensificaram os ataques ao sul ucraniano. Cidades estão sob forte bombardeio, e o governo da Ucrânia admite que perdeu o acesso ao Mar de Azov.
Neste sábado, a guerra completa 24 dias. A invasão e os bombardeios russos começaram em 24 de fevereiro. Russos e ucranianos tentam, sem sucesso, negociar um acordo de cessar-fogo.
Nas últimas horas, as tropas russas intensificaram os ataques ao sul ucraniano. Cidades estão sob fortes ataques, e o governo da Ucrânia admite que perdeu o acesso ao Mar de Azov.