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EUA elevam teto de gastos até dezembro; entenda os efeitos da decisão no Brasil

Na quarta-feira (6/10), o líder da minoria no Senado americano, Mitch McConnell, apresentou duas opções para evitar um calote

atualizado

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Alexi Rosenfeld/Getty Images
pessoa de máscara em frente à bandeira dos eua
1 de 1 pessoa de máscara em frente à bandeira dos eua - Foto: Alexi Rosenfeld/Getty Images

A crise do teto de gastos nos Estados Unidos acaba de ter uma solução anunciada pelo líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, que fechou um acordo para estender o teto da dívida até o início de dezembro. A decisão desta quinta-feira (7/10) beneficia o Brasil, que temia mais uma disparada do dólar e da inflação, diante de um cenário que já está agravado por causa dos efeitos da pandemia de Covid-19.

“Chegamos a um acordo para estender o teto da dívida até o início de dezembro e esperamos poder fazer isso já hoje”, disse ele em discurso, segundo a CNN.

Segundo o Tesouro norte-americano, caso os congressistas não elevassem o teto da dívida, o governo federal dos EUA provavelmente ficaria sem dinheiro a partir de 18 de outubro.

Nessa quarta-feira (6/10), o líder da minoria no Senado americano, Mitch McConnell, apresentou duas opções para evitar um calote, incluindo o aumento de curto prazo.

Se a solução não fosse acatada e os EUA não conseguissem quitar seus compromissos, o Brasil seria umas das economias mais prejudicadas, uma vez que a política monetária americana ficaria mais restritiva.

“A oferta de títulos deveria ser mexida, e aumentariam os juros por lá, o que poderia levar a uma situação de ruídos por aqui. Bateriam nos juros no Brasil e também aumentaria significativamente o dólar, o que impacta na inflação”, afirmou ao Metrópoles o economista-chefe da Necton, André Perfeito.

“Mas agora a crise deve ser solucionada com o aumento do teto de gastos. Devemos lembrar também que o interesse por títulos nos EUA é infinito. Se o Brasil estivesse na mesma situação, poderia ser um problema muito maior, porque o interesse por títulos é menor”, disse.

Em agosto deste ano, o Copom do Banco Central do Brasil elevou pela quinta vez seguida a Selic no ano. O aumento foi de um ponto percentual, o que fez o indicador passar de 5,25% para 6,25% ao ano. Analistas estimam que a Selic chegará a 8,25% no fechamento de 2021. O cenário seria pior com a crise americana não solucionada.

Em agosto, a inflação também atingiu 0,87%, a maior para o mês desde 2000. Com isso, a  chegou a 9,68% no acumulado dos últimos 12 meses. Desde março, o índice só se distancia do teto da meta estabelecida pelo governo para a inflação deste ano, que é de 5,25%. O BC já admite que não vai conseguir atingir os resultados esperados.

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