EUA é acusado de treinar militantes do Estado Islâmico na Síria
Inteligência do Kremlin afirma que uma base dos EUA está sendo utilizada para treinar membros do Isis, visando ataques à Síria e Rússia
atualizado
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Nesta quarta-feira (24/5), a Rússia acusou os Estados Unidos de utilizarem uma base militar na Síria para treinar membros do grupo terrorista Estado Islâmico (Isis) para realizarem ações não só no país comandando por Bashar al-Assad, mas também em território russo.
“Segundo nossas informações, a base militar dos EUA em Al-Tanf, localizada na fronteira da Síria, Jordânia e Iraque, é utilizada para treinar militantes do Isis para a realização de atos subversivos. E não apenas em território sírio, mas também nas regiões russas”, denunciou o chefe do Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia, Sergey Naryshkin, nesta quarta-feira (24/5).
Apesar de não apresentar provas, o funcionário do Kremlin destacou que a recente aproximação entre países árabes, como o restabelecimento de laços diplomáticos entre Irã e Arábia Saudita, “provocou uma reação dolorosa” no Reino Unido e nos EUA. Ainda de acordo com o funcionário do governo russo, ao mesmo passo em que as relações entre Moscou e Oriente Médio cresceram, a influência norte-americana na região caiu, o que provocou reações.
Naryshkin acrescentou que o governo dos EUA prepara uma guerra de informação contra Moscou, cujo objetivo seria criar barreiras entre o governo de Vladmir Putin e países da região.
Além de acusar o governo norte-americano de se aliar ao Isis, Sergey Naryshkin alegou que os EUA impedem a recuperação da Síria após a guerra civil por meio de sanções. “Eles continuam exercendo pressão de sanções sobre Damasco, impedindo a recuperação do país”, ressaltou o chefe do serviço de inteligência russo.