EUA defendem “justiça transparente” para morte de jornalista saudita
Donald Trump classificou episódio como “inaceitável” e disse que trabalhará em uma resposta ao caso junto ao Congresso
atualizado
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Mais de duas semanas após o desaparecimento do jornalista Jamal Khashoggi, a Arábia Saudita admitiu que o crítico do regime que escrevia para o jornal “The Washington Post” morreu dentro do consulado saudita em Istambul, na Turquia.
Em declaração na noite da sexta-feira (19/10) a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirma que os Estados Unidos seguirão de perto as investigações em torno da morte de Khashoggi e defenderão a justiça “oportuna, transparente e de acordo com o processo”.
Já o presidente norte-americano, Donald Trump, declarou que o anúncio saudita foi um “bom primeiro passo”, mas observou que o episódio é “inaceitável”. Trump afirmou ainda que trabalhará em uma resposta ao caso junto ao Congresso.
A crescente pressão internacional e comentários do governo norte-americano, inclusive do presidente Donald Trump, forçaram que a Arábia Saudita reconhecesse a morte do jornalista.
Khashoggi desapareceu há mais de duas semanas, após visitar o consulado da Arábia Saudita na capital turca para tratar de documentações para seu casamento. Autoridades turcas disseram ter gravações comprovando que o jornalista teria sido assassinado e desmembrado por agentes sauditas dentro do consulado, mas o reino saudita taxou as afirmações como “sem fundamento”, embora não tenha oferecido evidências de que Khashoggi teria deixado o consulado.