EUA declaram emergência em central nuclear por colapso de túnel
O alerta foi emitido depois que ocorreu um desmoronamento em um dos túneis perto da Usina de Extração de Plutônio e Urânio
atualizado
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A central nuclear de Hanford, no estado de Washington, na costa oeste dos Estados Unidos, declarou “uma situação de emergência”. Isso porque houve um colapso de um túnel por onde eram transportados materiais radioativos, informou nesta terça-feira (9/5) o Departamento de Energia do país.
O alerta foi emitido depois que ocorreu um desmoronamento em um dos túneis perto da Usina de Extração de Plutônio e Urânio (Purex, sigla em inglês) às 8h26 local (12h26 em Brasília), acrescentou o Departamento em comunicado.
Como “os túneis contêm materiais contaminantes”, as autoridades ordenaram o esvaziamento da usina, que fica 360 quilômetros a sudeste de Seattle e conta com cerca de 200 mil m³ de resíduos radioativos.
As autoridades americanas descartaram, porém, a possibilidade de qualquer vazamento de material radioativo do túnel. Os primeiros relatos indicaram que “não havia indícios de liberação de contaminação no momento” e os inspetores “estavam se aproximando mais da área onde se registrou o colapso do solo para uma revisão visual”, segundo um comunicado do Departamento de Energia.A usina de Purex está vazia há mais de 20 anos, mas continua altamente contaminada após ter sido o local onde foram realizadas as operações de processamento de contêineres que tinham armazenado plutônio.
O Departamento de Energia indicou que, por enquanto, não foram tomadas medidas em relação aos habitantes dos condados de Benton e Franklin, que ficam próximos das instalações nucleares, e onde vivem cerca de 280 mil pessoas.
A central nuclear de Hanford foi criada em 1943, dentro do projeto Manhattan para o desenvolvimento da primeira bomba atômica e produziu o plutônio utilizado na ‘Fat Man’, o artefato nuclear lançado em Nagasaki, no Japão. Posteriormente, a usina se dedicou à produção de armas nucleares durante a Guerra Fria.
Em 2007, a central continha dois terços de todos os resíduos de alta radioatividade dos Estados Unidos.