EUA decide congelar bens de Putin e de chanceler russo
As sanções foram anunciadas após a Rússia ameaçar a Finlândia e a Suécia
atualizado
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A Casa Branca, sede do governo americano, determinou sanções contra o presidente russo, Vladimir Putin, após as ameaças feita à Europa.
No início da noite desta sexta-feira (25/2), a Casa Branca anunciou o congelamento dos investimentos de Putin e do ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, no país. Além disso, os EUA restringiram viagens à Rússia.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo disse que as sanções impostas a Putin e Lavrov refletem “absoluta impotência” do Ocidente no que se refere à política internacional.
As penalidades ocorrem após a Rússia ameaçar a Finlândia e a Suécia. “A adesão da Finlândia a Otan teria sérias repercussões militares e políticas”, afirmou um comunicado publicado pelo Ministério das Relações Exteriores russo.
Em pronunciamento transmitido ao vivo de Bruxelas, o secretário-geral da organização, Jens Soltenberg, garantiu a proteção de países aliados.
“Estamos movimentando parte da força de resposta da Otan por terra, ar e pelo mar. Estados Unidos, França, Canadá e países europeus deslocaram militares. Faremos o que for necessário”, frisou.
Kiev sitiada
Tropas russas chegaram a Kiev no início desta sexta-feira (25/2). O prefeito determinou estado de defesa. O governo ucraniano iniciou uma operação de expulsão. Tanques foram colocados nas ruas.
A TV ucraniana está exibindo à população tutoriais de como montar coquetéis molotov — tipo de arma química incendiária. Essa seria uma forma de deter os invasores russos. Além disso, o governo confirmou a distribuição de 18 mil fuzis para civis.
Na primeira declaração pública após sitiar a capital ucraniana, Kiev, o presidente Putin pediu que militares do país derrubem o presidente Volodymyr Zelensky e tomem o poder.
“Neonazistas estão fazendo todo o povo ucraniano de refém. Assumam o controle. É melhor do que trabalhar com essas pessoas que fizeram a Ucrânia refém”, frisou.
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.
Apoio dos EUA
Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discutiram a criação de uma coalizão militar para responder aos bombardeios russos.
Nesta sexta-feira (25/2), o líder da Ucrânia telefonou para Biden. Pelas redes sociais, ele detalhou os assuntos que foram tratados.
“Sanções de fortalecimento, assistência concreta de defesa e uma coalizão anti-guerra acabaram de ser discutidas. Grato pelo forte apoio Estados Unidos”, escreveu.
Strengthening sanctions, concrete defense assistance and an anti-war coalition have just been discussed with @POTUS. Grateful to 🇺🇸 for the strong support to 🇺🇦!
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) February 25, 2022
Sanções
Na tentativa de frear as investidas de Putin, o Conselho da Europa e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciaram novas sanções contra a Rússia.
O Conselho da Europa determinou a suspensão “com efeito imediato” da participação da Rússia no Comitê de Ministros e na Assembleia Parlamentar após a invasão ao território ucraniano.
A Otan disse que a decisão de Putin de atacar a Ucrânia “foi um terrível erro de estratégia”. Os estados-membros da aliança militar se reuniram nesta sexta-feira para tratar do conflito.
Em um comunicado conjunto, as nações do Ocidente disseram que irão reforçar suas tropas no braço leste da aliança. A Ucrânia não faz parte da Otan. Por isso, não há presença militar da organização em seu território.