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EUA: contra protestos, estados recorrem ao Exército e a toque de recolher

Pelo menos oito estados receberão ajuda das forças de segurança para conter reação ao chocante assassinato de George Floyd por um policial

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Protestos pela morte de George Floyd nos EUA
1 de 1 Protestos pela morte de George Floyd nos EUA - Foto: Jordan Strowder/Anadolu Agency via Getty Images

Forças militares se preparam para serem enviadas a pelo menos oito estados americanos, e também para a capital Washington, como consequência do aumento dos protestos pelo assassinato de George Floyd por um policial. Em resposta ao avanço dos atos, no final da tarde deste sábado (30/05), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou os manifestantes de “saqueadores e anarquistas” e pediu “reconciliação”.

Segundo a CNN americana, além da capital, os estados de Minnesota, Geórgia, Ohio, Colorado, Denver, Kentucky, Wisconsin e Utah aguardam a chegada das forças de segurança para conter os protestos contra o racismo e a violência policial, que já se arrastam por cinco dias.

Enquanto isso, lojas continuam sendo incendiadas e confrontos entre policiais e manifestantes são registrados pela mídia americana. Em Washington, três carros do serviço secreto que estavam perto da Casa Branca foram depredados. Em Nova York, uma mulher foi detida após atirar coquetéis molotov contra um carro de polícia. Segundo o chefe da polícia local, Dermot Shea, ao menos 200 pessoas foram detidas hoje sob a acusação de vandalismo.

Medidas mais drásticas

Na intenção de conter os protestos, governadores e prefeitos têm tomado decisões bruscas. A secretaria de transporte do estado de Minnesota optou por fechar das 19 horas deste sábado até as 6 horas (no horário local) do domingo (31/05), todas as estradas intermunicipais e interestaduais que levam a cidade de Minneapolis, onde Floyd foi morto.

Na cidade de Los Angeles, onde os protestos têm se intensificado a cada dia, o prefeito Eric Garcetti declarou toque de recolher das 20 horas de hoje até as 5 horas do domingo. Em discurso, ele disse que a “cidade sempre vai defender o direito ao livro discurso, mas que vai proteger o direito dos cidadãos de viver sem medo ou violência”.

O prefeito da Philadelphia, Jim Kenney, também decretou toque de recolher obrigatório. A polícia local disse que “somente pessoas com deveres essenciais poderão circular nas ruas”. A decisão veio pouco após terem ateado fogo na sede da prefeitura da cidade.

Além das já mencionados, as cidades de Rochester, em Nova York e Louisville, no Kentucky, também declaram toque de recolher – mesma decisão tomada pela prefeitura de Atlanta, na Geórgia. Já em Milwaukee, cidade do Estado de Wisconsin, uma multa de US$ 691, além da prisão, será cobrada a quem violar o toque de recolher.

Forças armadas

O Departamento de Defesa ordenou ação do Exército ainda na sexta-feira, a mando do presidente Donald Trump. Segundo autoridades, militares de diferentes bases dos Estados Unidos serão mobilizados.

Trump tem realizado consultas às lideranças de Segurança, entre elas o Secretário de Defesa Mark Esper, desde que a morte de Floyd levou a protestos em diferentes cidades do país.

Caso Floyd

Floyd, um homem negro de 46 anos, foi morto durante uma abordagem policial em Minneapolis na segunda-feira (25/05). O policial Derek Chauvin foi acusado formalmente na sexta-feira por assassinato em terceiro grau e morte imprudente. Chauvin aparece em um vídeo ajoelhando sobre o pescoço de Floyd durante oito minutos, enquanto Floyd grita: “Não consigo respirar!”, até perder a consciência.

Floyd era considerado suspeito pela polícia de utilizar uma nota falsa de US$ 20 em um supermercado da região.

Segundo a legislação do Estado de Minnesota, o assassinato de terceiro grau é aquele em que a morte é causada de maneira não intencional, por um ato eminentemente perigoso. A pena para o crime é de até 25 anos de prisão.

Ainda neste sábado, a esposa de Derek Chauvin, Kellie Chauvin, anunciou que vai se separar do policial. Em nota divulgada à impresa, ela disse estar ‘devastada’ com o caso.

Histórico

A Guarda Nacional já foi acionada outras vezes nos EUA para auxiliar no policiamento em Minnesota. Mas a decisão é considerada uma escalada na resposta do governo para lidar com a crise, afirmaram autoridades ao jornal The New York Times.

Em 1992, as forças militares foram acionadas para conter protestos em Los Angeles após a absolvição de quatro policiais envolvidos no espancamento de Rodney King.

Protestos pelo país

Centenas de manifestantes realizaram na madrugada deste sábado, 30, protestos que se espalharam por ao menos 17 Estados americanos. Os atos violentos deixaram até o momento duas pessoas mortas – um homem, de 19 anos, em Detroit e um policial em Oakland.

Desde o início da semana, manifestações contra a violência policial e a morte de Floyd são feitas pelo país. Durante confrontos em diversas cidades americanas, manifestantes foram presos e policias ficaram feridos.

Na noite de sexta-feira aconteceram manifestações em frente à Casa Branca, em Washington. O presidente Donald Trump estava na sede do Executivo americano durante o protesto, que começou em um parque em frente ao edifício, onde algumas de dezenas de agentes do serviço secreto enfileiraram barricadas.

Segundo a CNN americana, atos foram registrados em ao menos trinta cidades. Entre elas, Nova York, Washington, Oakland, Houston, Atlanta, Kansas, Detroit, Las Vegas, Denver, San José e Memphis, Boston, Phoenix, Fort Wayne, Lincoln, Milwaukee e Chicago.

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Protestos pela morte de George Floyd nos EUA
Protestos pela morte de George Floyd nos EUA
EUA têm sido cenário de conflitos entre a polícia e minorias
 George Floyd foi morto nos EUA
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EUA foi cenário de conflitos entre a polícia e minorias

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Protestos pela morte de George Floyd nos EUA

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EUA têm sido cenário de conflitos entre a polícia e minorias

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George Floyd foi morto nos EUA

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