EUA: conheça trajetória e posição política de Kamala Harris
Joe Biden, após desistir de disputar a reeleição à presidência dos EUA, anunciou apoio à vice-presidente Kamala Harris
atualizado
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A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, foi lançada ao centro da corrida pela Casa Branca desde que Joe Biden desistiu da disputa. Embora ainda não tenha sido nomeada candidata oficial do partido Democrata, ela é vista por importantes nomes como a melhor substituta e um nome forte para enfrentar o republicano Donald Trump.
Kamala Devi Harris está na vice-presidência dos Estados Unidos desde janeiro de 2021, quando se tornou a primeira mulher na posição. Outro ineditismo que Kamala carrega é de ser a primeira pessoa negra e a primeira descendente de sul-asiáticos no cargo de vice-presidente.
Nascida em 1964, em Oakland, na Califórnia, Kamala é filha de imigrantes — com mãe indiana e pai jamaicano — ambos ativos no movimento de defesa dos direitos civis nos Estados Unidos. Assim, desde pequena Kamala era exposta a essas pautas e acompanhava os pais em manifestações.
Ela se formou em ciências políticas e economia pela Universidade Howard e em direito pela Universidade da Califórnia, Hastings. A carreira de Kamala começou em 1990, quando ela foi promotora no condado de Alameda, na Califórnia. Foi em 2010 que a política alcançou cargo de maior projeção até ali, ao se tornar a primeira mulher no cargo de procuradora-geral da Califórnia.
Em 2017, Kamala chegou ao Senado para representar o estado da Califórnia e permaneceu no posto até 2020. Embora opositores tentem rotular Kamala como um nome excessivamente progressista, a atuação política dela é considerada “moderada” entre os democratas.
Em 2019, a democrata chegou a disputar as primárias para concorrer à presidência pelo partido Democrata, mas desistiu. Em agosto de 2020 ela aceitou a indicação para ser candidata a vice-presidente na chapa de Joe Biden, que foi vice de Barack Obama anteriormente.
Desistência de Biden
Após dias sob pressão, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desistiu de tentar a reeleição. Desde a performance desastrosa no debate realizado em junho, Biden sofria pressão de membros do próprio partido e de nomes influentes na política para que desistisse da candidatura. No foco das críticas, estava a capacidade física do democrata para comandar os Estados Unidos por mais um mandato.
Biden não apresentou os motivos que o levaram à decisão, mas disse que dará detalhes em comunicado à nação. “Embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do interesse do meu partido e do país renunciar e me concentrar exclusivamente no cumprimento dos meus deveres como presidente durante o resto do meu prazo”, afirmou.